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Plano de trabalho

Leite e prefeitos da Serra tratam sobre trabalho temporário da safra de uva

Encontro discutiu ações conjuntas em defesa da região e do setor vitivinícola nesta sexta na Prefeitura de Bento Gonçalves

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Maurício Tonetto/Piratini/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O governador Eduardo Leite (PSDB), esteve em Bento Gonçalves para um encontro com prefeitos da Serra nesta sexta-feira (17) para discutir os recentes acontecimentos de casos de trabalho análogo à escravidão descobertos na região e as medidas tomadas em relação ao tema. O prefeito de Bento, Diogo Siqueira (PSDB), foi o anfitrião da reunião.

A intenção do governo estadual é orientar, a partir das prefeituras, todos os produtores que utilizam mão de obra temporária nesta época do ano, em razão da colheita da uva, para evitar situação semelhante à registrada recentemente.

"Essa região foi forjada pelo trabalho, pela história de imigrantes que vieram construir um novo lar. Não podemos culpabilizar mais de 20 mil produtores por causa de casos isolados, mas devemos estar vigilantes para que isso não se repita", disse o governador.

Leite colocou o governo gaúcho à disposição de toda a região para colaborar no que for preciso. Esta é a quarta vez que o Governo do Estado se reúne com lideranças de Bento e região para tratar do tema. Antes houve duas reuniões em Porto Alegre e uma na Serra.

Integraram a comitiva os secretários da Casa Civil, Artur Lemos, de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade, Lisiane Lemos, de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mateus Wesp, de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, e da Segurança Pública, Sandro Caron.

Parceria com o Ministério Público do Trabalho

Antes do encontro na Serra, Governo do Estado assinou um acordo de cooperação técnica com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para estabelecer mútua cooperação a fim de erradicar o trabalho em condições análogas à escravidão e o tráfico de pessoas, além de proteger os direitos da população mais vulnerável. O documento foi assinado pelo governador Eduardo Leite, pelo procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos, e por secretários de Estado, em solenidade realizada no Palácio Piratini.

O acordo será a base para a elaboração de um plano de trabalho que envolverá diferentes áreas de governo e as forças policiais do Estado na intensificação do apoio à fiscalização realizada pelo MPT e na promoção de  políticas públicas para a prevenção de casos como o que se observou recentemente.

Elogio a programa caxiense

Leite citou o programa Querer - Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais) -, desenvolvido na rede municipal de ensino de Caxias do Sul, como um exemplo de ação inclusiva de impacto positivo para a Serra Gaúcha. A declaração foi dada durante encontro da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), nesta sexta, em Bento.

"Caxias do Sul inseriu no trabalho com as escolas a educação antirracista. É muito importante e isso tem que ser feito pela importância que tem, divulgando, dando visibilidade, porque tudo isso reforça a vacina para tudo o que queiram dizer da nossa Serra Gaúcha", afirmou Leite, diante de 30 prefeitos e oito secretários estaduais.

O Querer, núcleo da Secretaria Municipal da Educação, elabora atividades temáticas a cada dois meses para as escolas desenvolverem ao longo do bimestre. Rodas de conversa discutem temas como o racismo e o preconceito contra povos nativos e incentivam a leitura de autores afrodescendentes e indígenas. Há, ainda, exibição de filmes com protagonismo negro, e as aulas de história passaram a discutir figuras invisibilizadas que ajudaram a construir a nação brasileira.

Em seu pronunciamento, o prefeito de Caxias, Adiló Didomenico (PSDB), reiterou que fatos isolados devem ser repudiados, mas não condizem com a característica da cidade e da região.

"Receber bem está no nosso DNA. Nossa região se fez pelo acolhimento de migrantes e imigrantes. Eu sou fruto disso. Cheguei em Caxias com 17 anos, em busca de trabalho, e a cidade me acolheu", lembro Adiló, natural de Marau (RS) e criado em Riqueza (SC).

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