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Kimberli e Mayke vencem batalha de breaking no Millenium, em Caxias do Sul

Mosaico na Quebrada também teve grafite, MC e DJ, contemplado todos os elementos do hip hop

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
18.03.2024 - 08h25min

Off Photo/Divulgação
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promovida pelo

O choro incessante de Maike e a expressão de quase incredulidade de Kimberli, que era erguida pelos amigos no Centro Comunitário do Loteamento Millenium, expressam perfeitamente o quanto o hip hop é forte no seu trabalho social e cultural. O momento da premiação da batalha kids de B-GIrl e B-Boy realizada no sábado (16), durante o projeto Mosaico na Quebrada, no Loteamento Millenium, em Caxias do Sul.

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O evento mostrou o engajamento do público e concretizou a união da comunidade, expressa simbolicamente no grafite de Eti Black - Felipe Borges pintado durante o fim de semana em uma das fachadas de um prédio.

Em seu breve discurso na abertura do evento, o presidente da Associação de Moradores (Amob) do Millenium, Clóvis Barboza, disse que o loteamento estava precisando de um evento como esse e agradeceu a presença das pessoas.

"Sem vocês, não faríamos nada".

O artista Eti Black, que sabia do quanto os moradores do Millenium agem juntos em busca de melhorias, uniu as mãos à árvore que está na bandeira da Amob e eternizou o simbolismo do sábado e da história do loteamento na parede.

A algumas quadras dali, na casa de Jocelito de Souza, o artista Róger Zortéa também eternizava nos muros a paixão da filha dele, Bárbara Küster, pela fotografia e a gata da família, Mel, que inclusive acompanhou a pintura, circulando pela calçada.

"Ficou lindo, como eu queria. Ainda pedimos para o Róger pintar umas patinhas para simbolizar os bichinhos que já perdemos e estão enterrados aqui", contou Jocelito, ao ver a obra pronta.

A esquina que era apenas mais uma no Loteamento Millenium está colorida há um dia e já virou ponto de fotografias. As pessoas agora passam, param, fotografam. E se Jocelito estiver ali pela frente, como aconteceu no sábado, param, conversam, elogiam. O grafite transforma.

Dentro do Centro Comunitário, o DJ Rudi e o MC Pedrinho conduziram as batalhas. Para os B-Boys, foi preciso fazer uma etapa de filtro, já que as inscrições superaram o número de competidores previsto para a primeira fase. Para as B-Girls, não foi necessário.

"A cada batalha, um passa e outro não. Não significa que foi ruim, pode apenas não ter sido o dia, pode ser que a opinião da jurada é diferente da de outro jurado que poderia estar aqui. Não tem problema, é mais um motivo para treinar e seguir em frente", dizia Pedrinho às crianças.

E falando em jurada, ela veio de São Paulo especialmente para o evento. Fran Killa integra a crew Killa Rockers Brasil e é referência internacional. Dança há mais de 20 anos, tendo começado pelo ballet. O breaking faz parte da sua vida há nove.

"As crianças estão sensacionais, o nível está muito bom. Eu fico impressionada que essas crianças nunca saíram daqui, da cidade delas. Eu acompanho o cenário nacional, vou a vários lugares e eles estão no nível de crianças que estão batalhando direto. Para mim está sendo uma oportunidade incrível estar aqui", afirmou.

Boa parte dos competidores kids que participaram das batalhas estuda na Fluência Casa Hip Hop, cujo trabalho foi elogiado por Fran Killa. Um dos coordenadores da casa, Ge Break ressalta que eventos como o de sábado, com esse nível de dança citado pela jurada, dependem de um trabalho continuado.

"Isso só é possível porque as crianças têm oficinas permanentes, o trabalho acontece no dia a dia", ressalta.

É dessa forma que o breaking cumpre também o seu papel social, citado por Fran:

"O hip hop é social, é uma potência que transforma vidas".

Kimberli Isabeli Corrêa da Silva, de 8 anos, já entende tudo isso. A vencedora da batalha de B-Girl mora no Bairro Cânion, estuda na Fluência e, ao ser questionada sobre o que é mais legal no breaking, disse:

"Os passos que o professor ensina".

O B-Boy vencedor, Maike Juan Cesario, de 13 anos, também do Cânion, estava muito emocionado e contou o que aprende na Fluência.

"O mais legal é a emoção que a gente sente quando vence, mas não vai ser sempre o seu dia de ganhar, tem que saber perder".

O breaking ensina. O breaking transforma.

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