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Opinião

Julgamento de Jesus sem lei e sem provas

Hoje estamos diante da lição de que a ignorância é aliada do medo, da inveja, do ciúme e do ódio

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
03.04.2023 - 06h55min

Divulgação
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Encontrei...! Estava entre os perdidos jurássicos. Diante das redes sociais um e-mail, hoje, parece coisa de priscas eras. Agora, para a Semana Santa, achei um e-mail antigo sobre o "julgamento" de Cristo: "O Processo de Jesus – A Captura", atribuído a padre Carlos Regattieri, de 1921. Por ser cópia de cópia (coisa de e-mail), a fidedignidade é limitada, mas diante da história, da Bíblia, de apócrifos, a obra é confiável ao examinar em detalhes 21 atos ilegais contra Jesus, além da gritante falta de provas, falhas propositais que apoiaram a sanha sanguinolenta de canalhas poderosos e de seus bajuladores.

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Aos canalhas nada além de seus objetivos interessava. Igual ao que convém à gente desta estirpe, eles queriam mesmo era condenar Jesus a qualquer custo, burlando a lei e forjando provas de crime para justificar a condenação. Jesus, pois, foi vítima dessa gente que desejava proteger o seu status, enxergando nos seus movimentos uma ameaça a seu padrão de vida, ainda que o povo estivesse sob o jugo dos donos do mundo, o Império Romano.

Na lista das ilegalidades, a primeira delas, por si só, já seria motivo para a nulidade do falso processo contra Jesus: o suborno. Alguns membros do poderoso Sinédrio (conselho) deram dinheiro para que Jesus lhes fosse entregue. Essa prática, todavia, era, flagrantemente, ilegal, devendo os subornadores, sim, serem condenados à pena a qual era o objetivo da causa, ou seja, eles é que deveriam ser mortos, anulando o processo contra Jesus.

Outro ponto é que Jesus, ou qualquer outra pessoa, só poderia ser conduzido, à força, em caso de resistência testemunhada e de autorização da autoridade romana. Mas Jesus foi amarrado e arrastado aos algozes, tendo Pôncio Pilatos feito vistas grossas a essa ilegalidade. E mais, Jesus foi interrogado por autoridade incompetente. Ele foi levado, antes do sumo sacerdote, a Anás, poderoso ex-sumo sacerdote, sogro de Caifás, sem autoridade legal para ouvi-lo.

E assim, a cada detalhe ilegal examinado no julgamento de Jesus, fica evidente a neurose coletiva, cuja ignorância alimentava o medo de que aquele homem era uma ameaça ao seu padrão de vida. Tudo isso, ardilosamente, construído pelos vermes que disputavam privilégios diante dos déspotas romanos de quem eram meros servis.

O representante de Roma, Pôncio Pilatos, não viu nada além de inveja, de ciúme e de ódio contra Jesus, mas agindo em agrado a líderes religiosos o condenou à cruz sob a falsa prova de que Ele queria ser rei e que pregava rebeldia a César não pagando impostos. Pôncio, querendo se eximir da brutalidade do falso processo, sem lei e sem provas, lavou as mãos, visto que Jesus seria só mais um judeu a morrer na cruz, enquanto a sua sentença agradava os ditos religiosos daqueles tempos e a seus seguidores.

Enfim, nesse processo contra Jesus, as forças políticas, em apoio aos seus objetivos de Poder, foram ao encontro de uma religião influente, resultando no flagelo e morte de um inocente. Se esse fato em nada, de imediato, mudou o status daquela gente de pensamento miúdo, hoje, mais de 2 mil anos depois, estamos diante da lição de que a ignorância é aliada do medo, da inveja, do ciúme e do ódio, valores capazes de negar a verdade óbvia.

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