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Câmara de Caxias

Jornalista Zé Theodoro recebe título de Cidadão Caxiense

Natural de Maximiliano de Almeida, veio na década de 1980 para o Município, onde constituiu família e sua carreira profissional

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Vania Marta Espeiorin/Câmara de Caxias/Divulgação
Foto Principal - Notícia

Amigos, colegas de profissão, autoridades e familiares marcaram presença no plenário da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, na sexta-feira (24), para aplaudir o mais recente filho desta terra: o jornalista José Ademir Theodoro, que recebeu o título de Cidadão Caxiense. A distinção foi entregue pelo Legislativo, a partir de uma proposta do primeiro vice-presidente da Casa, Olmir Cadore (PSDB), aprovada pela unanimidade.

O parlamentar contou que o homenageado é de sua região e filho dos agricultores Juvelino Theodoro e Erci de Oliveira Theodoro. Ambos estiveram na plateia desta noite para prestigiar o filho.

Zé Theodoro nasceu no interior de Maximiliano de Almeida, trabalhou na agricultura, e veio na década de 1980 para Caxias, onde constituiu família e sua carreira profissional na comunicação, e reforçou sua atuação em entidades sociais.

"Muito nos honra entregar essa homenagem a uma pessoa de vida ilibada e regida pela ajuda ao próximo. Destina horas de seu descanso para ficar atento a quem necessita. O Zé Theodoro tem uma trajetória repleta de provações, que nos remetem à resiliência, e nos dá um belo exemplo de determinação e força. Hoje, todos nós estamos lisonjeados em poder reconhecer de forma simbólica toda a dedicação por nossa comunidade. Essa homenagem é merecida e necessária", frisou o vereador, sem esconder a emoção.

Segundo o tucano, o homenageado também estimulou muita gente a abraçar a comunicação, tornando-se padrinho de vários profissionais que, conduzidos por suas mãos, seguiram nas ondas do rádio e do jornalismo.

O título de Cidadão Caxiense reconhece os serviços prestados pelos cidadãos nascidos em outros municípios à comunidade caxiense. Diante da honraria, Zé Theodoro agradeceu a Cadore, por ter valorizado seu percurso de vida, e a toda a Câmara, pela distinção.

Ao chegar na tribuna do Legislativo, nesta noite, Zé mostrou porque desejou e batalhou pela formação em Jornalismo. Revelou-se um incansável contador de histórias. No microfone, narrou várias em que foi protagonista, desde quando conheceu Cadore iniciando como dentista, passando pela época da colônia, onde juntava grãos da soja perdida pela lavoura para vender ao pai e somar um dinheirinho, até as vivências no seminário e as aventuras pelos bailes do interior.

"A vida é muito boa quando a gente sabe viver e entender as mudanças da sociedade. E vejo que ninguém faz nada sozinho. Não sei se Caxias não me deu mais do que eu dei a ela. Agora (como Cidadão Caxiense), aumenta a minha responsabilidade por Caxias", afirmou o agraciado.

Zé Theodoro levou à solenidade folhas de papel com anotações de caneta. A cada pouco, as olhava e tecia agradecimentos a nomes e a entidades que registrou, em especial ao pai, à mãe e a demais familiares. Também espiava a plateia e agradecia a pessoas que ia enxergando e que, de algum modo, fizeram parte de seu caminho até aqui. Pediu desculpas se esqueceu de alguém, mas garantiu que estava muito feliz e agradecido por tudo e pela vida.

Trajetória do homenageado

José Ademir Theodoro nasceu em 13 de março de 1963, na localidade de Ponte do Forquilha (Passo do Betiolo), Capela Santo Antônio, em Maximiliano de Almeida. Filho de Juvelino Theodoro e Erci de Oliveira Theodoro, ambos agricultores, é irmão de Norberto Jair Theodoro, César Almir Theodoro, Céris de Lurdes Theodoro, Antônio Clair Theodoro e Adair Theodoro. Conhecido em Caxias como Zé Theodoro, na sua terra natal, era chamado de Tigrinho, pois seu bisavô teria lutado com um tigre, e o felino teria morrido.

Zé saiu de casa aos 18 anos para estudar no Seminário Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria. Antes, na infância, ajudou o pai na roça, plantando milho, soja, feijão, trigo e outras culturas. Iniciou os estudos na Escola da Linha Usina, depois, fez a quarta série, em 1975, numa Brizoleta (escola pensada pelo ex-governador Leonel Brizola).

Na sequência, estudou no Ginásio Papa João XXIII. Em 1978, foi morar em Marcelino Ramos com um tio e sua avó, dona Adelaide, para estudar no Colégio Cristo Rey e buscar emprego. Chegando lá foi trabalhar em uma distribuidora de bebidas, depois, numa padaria. Chegou colocar paralelepípedos nas ruas da cidade. Voltou para casa e, em 1979, retomou seus estudos em Maximiliano de Almeida para concluir a sétima e oitava séries. Sempre esteve envolvido em atividades sociais e esportivas. Também foi catequista e membro do grupo de jovem e da liturgia da capela.

No final de 1980, concluindo o ginásio, teve o interesse de ser padre. Após ser auxiliado pelo padre Angelino Andreola e a irmã Laura Besinela, partiu para o seminário no dia 2 de fevereiro de 1980.

Em Vacaria, fez o segundo grau no Colégio São Francisco dos Irmãos Maristas Champagnat, mas morava no seminário, atrás do campo do Glória. Chegou a cursar Filosofia em Passo Fundo, onde, em 1986, iniciou nova carreira na empresa jornalística Diário da Manhã, como revisor de textos escritos pelos jornalistas. Agora queria colocar em prática o outro sonho: ser um jornalista. Mais tarde, migrou para a paginação e fotolito, tendo sua primeira profissão na carteira, como fotolitógrafo.

Zé queria ser jornalista. Por isso, desistiu de ser padre. Era preciso buscar o sonho que estava adormecido. No início de 1987, pediu transferência para Pelotas, pois a empresa estava instalando uma rádio naquela cidade. Quatro meses depois, cansado de dormir no chão e comer uma vez por dia, veio visitar seu irmão César, em Caxias, onde obteve emprego na Gráfica da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e no Pioneiro. Posteriormente, trabalhou na Rádio Regional do Vêneto e no Jornal O Florense, em Flores da Cunha, e na extinta Folha de Hoje, em Caxias.

Em 1991, se casou com Vâine de Almeida, com quem teve os filhos William Joel Theodoro e Ellyan Jullys Theodoro. Formou-se em Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul em 1997.

Na metade de 2008, acumulou interinamente a coordenação de Jornalismo e da RedeSul de Rádio (com 12 emissoras). Em 2010, deixou a coordenação de Jornalismo para se dedicar à Rede Sul, com exclusividade. Em 2015, assumiu o cargo de coordenador de Mídias e Estratégias do grupo dos Capuchinhos, integrando rádio e o jornal Correio Riograndense.

Em 2000 e 2001, foi professor noturno de Língua Portuguesa nas escolas estaduais Professor Apolinário Alves dos Santos e Alexandre Zattera, em Caxias. Foi correspondente do Correio do Povo e da Rádio Guaíba e enviou boletins à Rádio Gaúcha em sua programação à noite. De 2002 a 2007, ministrou o Curso de Rádio no Senac, em Caxias, o qual ajudou criar.

Durante o período em que atuou na Rádio São Francisco AM em Caxias, foi criador e incentivador de vários projetos em Caxias e participou de diversas coberturas jornalísticas.

Em 2018, deixou a São Francisco e passou um período na Rádio Rainha, em Bento Gonçalves. Ainda passou pela Rádio Comunitária da União das Associações de Bairros (UAB). Em 2019, foi para a Rádio Miriam (Farroupilha), onde hoje é coordenador de programação e apresenta diariamente os programas Alvorecer e o Jornal da Manhã.

Atualmente, também trabalha como comentarista, repórter e narrador de jogos do Juventude e Caxias, em um projeto no YouTube e Facebook,. No voluntariado, desde 2015, atua no Centro de Valorização da Vida (CVV) e tem contribuído com as Campanhas de Agasalho da cidade.

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