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Inteligência Artificial é a Torre de Babel dos novos tempos

Antônio Braga: 'O mundo estará sob a desgraça de uma nova confusão babilônica se essa providência não for tomada em tempo.'

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
10.04.2023 - 07h44min

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Parece loucura, e é! Se virar a página da humanidade no tempo, o mundo está ameaçado de viver uma nova torre de babel em versão moderna. A confusão de línguas em torno da construção da torre babilônica em desafio a Deus atende, agora, pela designação de Inteligência Artificial (IA). Essa tecnologia é vista como uma ferramenta extraordinária para facilitar a vida na Terra. Só que os fatos em torno dela são inquietantes, apavorantes. Diabólicos! Ou seria princípio divino de confusão como a da torre para mostrar que o humano é um ser insignificante?

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Esse questionamento, porém, em nada aplaude falsas profecias e menos ainda falas delirantes com pregações apocalípticas. O problema é que a IA já produz textos sem interferência humana e faz imagens como se fossem reais, cuja sigla atende pelas letras GPT-4. E mais, essa tecnologia pode substituir diálogos como se fossem entre humanos, fazendo os destinatários crer, como uns idiotas, em verdade nua e crua. Quem viu o Papa Francisco vestindo uma "japona" ou que tenha visto uma foto de Trump preso em uma cela sabe do que se está falando. As imagens, embora falsas, pareciam reais até que viessem os desmentidos.

A terra enfrentava o primeiro grande reino pós-dilúvio, sendo Ninrode, bisneto de Noé, o homem mais poderoso do mundo. Foi nesse tempo que começou a obra da Torre de Babel. A meta do seu topo era o céu. Essa meta é interpretada como desafio a Deus, embora também possa ser tomada como forma de expressar uma grandeza tal para que nunca fosse atingida por um novo dilúvio. De qualquer modo, a lenda nos diz que durante a obra o povo começou a se expressar em línguas estranhas entre si, criando grande confusão a ponto de ninguém mais se entender.

Seja como for, a inteligência artificial está prestes a alastrar o que já é realidade, criando confusão descomunal à humanidade. A desgraça é que as pessoas querem acreditar naquilo que é do seu desejo ou que acomoda o seu modo de vida sem se importar com a verdade. Contrariadas nesses interesses e, talvez, com ódio recalcado, elas criam narrativas, ou aceitam isso ainda que inexatas ou mentirosas, e disseminam fatos falsos para atropelar a verdade, para encobrir o seu próprio medo de perder o status de classe dominante. Assim, se a neurose coletiva já é real com fake news, com a IA a pleno é difícil dimensionar o tamanho da nova babel.

A coisa é tão maluca que centenas de especialistas querem uma pausa no desenvolvimento da IA. Já são quase 6 mil assinaturas num documento que alerta para o risco do avanço sem controle desse sistema muito mais poderoso do que a atual geração de textos e de imagens. O objetivo dessa moratória seria de dar tempo para que cientistas, que governos, elaborem algum tipo de regulamentação para evitar o domínio dessa ferramenta por mãos más, diabólicas, que venham a destruir de vez a ética e a moral. Confusão geral, enfim!

Entre os que pedem essa moratória está Elon Musk. O homem do Twitter. O homem mais rico do mundo. Um trilhardário! Fantasiosamente, virando a página do mundo nos séculos, Musk, hoje, poderia ser o bíblico Ninrode, enquanto que o grande reino depois do dilúvio bem que poderia ser representado pela OTAN, poderosíssima organização militar que divide o mundo entre eles próprios e os outros (nós, no caso).

A regulamentação deste novo marco mundial parece ser o fio do rabo de cavalo a prender a espada sobre a humanidade tal qual sobre a cabeça do invejoso Dâmocles. O mundo estará sob a desgraça de uma nova confusão babilônica se essa providência não for tomada em tempo.

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