Instituto de Leitura Quindim, de Caxias, prepara exposição em homenagem a Marina Colasanti

Vania Marta Espeiorin/Divulgação

O Instituto de Leitura Quindim, no shopping Villagio Caxias, em Caxias do Sul apresenta a exposição "Marina Tecelã", uma homenagem à escritora e artista plástica Marina Colasanti, falecida recentemente, e também a todas as mulheres, evidenciando o Dia Internacional da Mulher. A exposição começa neste sábado (8) e segue até o dia 31 de março.

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O título da exposição é inspirado na obra A Moça Tecelã, publicada pela Editora Global (2003), cuja narrativa apresenta uma mulher com a capacidade de tecer mundos e habitá-los. A personagem do livro expressa suas fragilidades, sua compaixão e sua força feminina, sendo capaz de tecer a própria trajetória e felicidade.

A exposição "Marina Tecelã" destaca uma Marina Colasanti que ilustrava algumas de suas histórias. Seja por meio das palavras ou das imagens, a artista revelou personagens construídos a partir do contraditório, da diversidade e das dores humanas. Considerada uma das maiores autoras de contos maravilhosos, Colasanti também teceu narrativas em minicontos, crônicas, novelas, artigos e poesia. 

A exposição foi realizada originalmente em 2020, no Instituto de Leitura Quindim, quando Marina foi homenageada pela instituição com o projeto Entre a Espada e a Rosa: Semana de Debates sobre o Dia Internacional da Mulher.

"Todas as homenagens a Marina Colasanti serão poucas para agradecer a generosidade dela em compartilhar, por meio de palavras e ilustrações, múltiplas visões de mundo. Visões essas oriundas de um olhar atento, afetuoso, mas também crítico, de uma mulher que lia o cotidiano, as pessoas e a sociedade", destaca o presidente do Instituto de Leitura Quindim, amigo de Marina e curador da exposição, Volnei Canônica.

Para Marina, cidadã do mundo nascida em 1937 na cidade de Asmara, capital da Eritreia, que viveu na Líbia e na Itália antes de se mudar com a família para o Brasil, em 1948, o empoderamento feminino era uma questão teórica e de política global. "Num mundo que se autoproclama democrático, a diferença entre gêneros não é mais tolerável; o poder não pode estar majoritariamente em mãos masculinas", ressaltou a autora durante o evento de 2020 no Quindim.

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