Hospital Geral presta contas das obras de ampliação na Câmara de Caxias

Bianca Prezzi/Câmara de Caxias/Divulgação

O diretor-geral do Hospital Geral (HG), Sandro Junqueira, prestou contas sobre as obras de ampliação da unidade de saúde na tribuna do plenário da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. O ato aconteceu no início da sessão ordinária desta terça-feira (14).

Além disso, Junqueira também protocolou um conjunto de documentos, como resposta a um pedido de informações que havia sido aprovado no dia 14 de fevereiro, liderado pelo vereador Rafael Bueno (PDT), e com as assinaturas de outros 12 parlamentares.

De acordo com Junqueira, os documentos reafirmam a total transparência do HG.

"O hospital é auditado frequentemente. Nunca houve uma prestação de contas rejeitada, o que comprova a nossa responsabilidade com o dinheiro público", observou.

Conforme o diretor-geral, agora é o momento de análise de custeio para garantir o funcionamento da ampliação do HG, cuja discussão com o Governo do Estado acontecerá ainda nesta semana.

Junqueira afirmou que, no que entrar em funcionamento, a estrutura terá um custo mensal projetado de R$ 6,9 milhões, o que representará R$ 83,7 milhões por ano.

"Só com uma mobilização regional será possível cobrir esse novo custeio, que corresponde a 50% dos R$ 14 milhões mensais, hoje aplicados na atual estrutura do HG", explicou.

No início da noite de terça, Bueno publicou uma foto em suas redes sociais com os sete volumes que somam mais de 1 mil páginas com as respostas do pedido de informações.

Segundo Bueno, os documentos comprovam que o HG está vendendo 20% de procedimentos para planos de saúde.

"A primeira barbaridade que já percebi é a venda de no mínimo 20% de procedimentos aos planos de saúde. Mas pensava que o Hospital era 100% SUS", questionou o pedetista.

O vereador ressaltou que está empenhado em analisar e fiscalizar cada centavo dos recursos públicos aplicados na obra.

"Não podemos ter o prédio pronto, mas sem atendimento. Não podemos admitir pessoas agonizando ou morrendo a espera de um leito e 118 leitos vazios", comentou.

No final de fevereiro, Junqueira detalhou o plano de expansão da instituição para os vereadores integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Caxias. Na oportunidade, a reportagem do Serra em Pauta questionou se o HG estaria vendendo prestação de serviço para a iniciativa privada. Segundo ele, o HG continua seu atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), porém está realizando serviços ambulatoriais para terceiros, de acordo com a legislação.

"Até este momento nunca se pensou em deixar de ser 100% SUS. Essa é a nossa bandeira. Foi assim que o hospital foi criado. Nós estamos fazendo alguns serviços ambulatoriais, que a lei nos permite, mas que em hipótese alguma descaracteriza o nosso atendimento. Isso está fora do nosso planejamento. Não descaracteriza e não diminui de forma nenhuma, nenhum atendimento ao usuário de saúde", esclareceu o diretor do HG.

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