Hospital Geral, de Caxias, não tem prazo para início do funcionamento do novo prédio

André Tajes/Serra em Pauta

O Hospital Geral (HG), em Caxias do Sul, está com 95% das obras concluídas, porém não há previsão de ser inaugurado. O diretor do HG, Sandro Junqueira, detalhou o plano de expansão da instituição de saúde na tarde desta segunda-feira (27), para os vereadores integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Caxias.

Pela primeira vez, Junqueira apresentou o orçamento de duas obras complementares que devem ser realizadas e não constam no orçamento inicial. No total, o HG precisa arrecadar mais R$ 6,6 milhões. Para concluir o complexo hospitalar são necessários ainda o fechamento das passarelas que ligam a unidade nova a antiga, a instalação de piso externo, cobertura do pátio, instalação de para-raios, de escadas metálicas, pintura externa e construção de auditório. Essas obras estão orçadas em R$ 2,7 milhões. O diretor do HG está otimista que o Governo do Estado vai viabilizar o recurso.

Além disso, a instituição irá construir uma nova subestação de energia elétrica no valor de R$ 3,9 milhões. Segundo Junqueira, essa obra não irá impedir a abertura do novo complexo.

Porém, para obter a liberação de funcionamento da operação, o HG precisa de alvará sanitário emitido pela Secretaria Municipal da Saúde, alvará de funcionamento dos elevadores e Plano de Prevenção e Proteção de Combate a Incêndio (PPCI).

A principal preocupação do Hospital Geral, da Comissão de Saúde, e da secretária municipal da Saúde de Caxias, Daniele Meneguzzi, é com relação ao custeio mensam do novo complexo. A direção do HG projeta um custeio de R$ 6,9 milhões por mês para o funcionamento da nova estrutura. Na primeira metade de fevereiro, o diretor do HG protocolou no Ministério da Saúde o pedido de custeio.

"Qual é a data de inauguração? Depende desse desenvolvimento. Obra está concluída (está em 95%), mas precisamos estabelecer essas novas necessidades, que é o custeio do hospital. Uma coisa é inaugurar e a outra é fazer a máquina girar. (...) Este ano de 2023 a gente consegue inaugurar. O ritmo dessa inauguração vai depender dessa articulação (para garantir o custeio). Não tem uma data. (...) Agora temos que nos unir todos em busca do custeio", ressalta o diretor do HG.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Olmir Cadore (PSDB), pretende realizar uma renião com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e com representantes dos 49 municípios da região para garantir a participação de todos.

"Estou feliz porque vi as obras na reta final. (...) Vamos buscar junto ao Ministério da Saúde, ao Governo do Estado e aos outros municípios esse recurso para que se conclua essa obra e depois tenha o custeio adequado para que ela exerça a função principal que é atender a população, especialmente, os mais necessitados”, comentou Cadore.

Na semana passada, durante audiência pública na Comissão de Saúde, a secretária da Saúde afirmou que Caxias do Sul não tem condições financeiros de suportar o custeio da obra para todos os 49 municípios.

" Caxias não vai assumir essa ampliação sozinha", enfatizou Daniele.

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