Prefeito evitou polêmica. Na Câmara, Marcon atacou o ex-vice-prefeito. Ele retrucou: 'a inveja é uma m...'
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18.11.2021 - 19h16min
Em menos de uma semana, o ex-vice-prefeito de Caxias do Sul, Elói Frizzo (PSB), voltou a criticar publicamente o prefeito Adiló Didomenico (PSDB). Nesta quarta-feira (17), em uma rede social, o socialista escreveu um texto sobre a manifestação do líder do governo Adiló Didomenico (PSDB), vereador Olmir Cadore (PSDB), de que uma série de demandas da cidade "caíram no colo do prefeito". O socialista cobrou que Adiló assuma a responsabilidade sobre os problemas da cidade.
"Já não é a primeira vez que ouço ou leio essa expressão, nesse quase ano de nova administração, tentando justificar a falta de ação do poder público para demandas e queixas da população quanto ao atendimento de serviços essenciais: coleta de lixo, ruas esburacadas sem manutenção, iluminação pública sem reposição de lâmpadas, falta de remédios na saúde, parques e praças abandonados a própria sorte, e por ai vai, a lista seria interminável", escreveu o ex-vice-prefeito.
Segundo Frizzo, os temas eram conhecidos e foram debatidos durante a campanha eleitoral do ano passado. Ele chamou de "solução mágica" a promessa de Adiló de reduzir o valor da tarifa do transporte coletivo para R$ 3,50.
"Se escudar na expressão 'caiu no colo' é no linguajar popular 'se fingir de morto pra ganhar chinelos novos'. Está na hora de começar a governar senhor prefeito", cobrou Frizzo.
Por meio da assessoria de Comunicação da Prefeitura, Adiló preferiu não criar polêmica.
"É um direito do ex-vice-prefeito Elói Frizzo de se manifestar em sua rede social", disse o chefe do Executivo municipal.
Repercussão
Na sessão desta quinta (18), o vereador Maurício Marcon (sem partido) repercutiu e criticou a manifestação de Frizzo contra o governo Adiló. Disse ainda que a reputação de Frizzo afundou a candidatura de Carlos Búrigo (MDB).
"É triste. As vezes as pessoas não ganham um cargo na Prefeitura. Parece que ficam abaladas (...) Pessoas que até ontem eram aliadas e por não destinarem cargos, talvez, deixam de ser aliados e começam a ter esse tipo de crítica", comentou Marcon, que também questionou a cobrança realizada por Frizzo sobre a reposição salarial para os servidores municipais. Uma lei federal proíbe o reajuste no salário de servidores até 31 de dezembro deste ano.
"Ele quer que o prefeito faça o quê? Seja impichado? Talvez seja essa a ideia para colocar os dele para dentro de novo e ter cargos na Prefeitura. Talvez seja essa a ideia", ressaltou Marcon.
Os vereadores do PSB, José Dambrós, Wagner Petrini e Gilfredo De Camallis, Rafael Bueno (PDT) e Estela Balardin (PT), defenderam o trabalho realizado por Frizzo na administração pública.
No início da tarde, o próprio Frizzo respondeu as críticas de Marcon.
"Um vereador de primeiro mandato, já tive seis (mandatos), recentemente expulso de seu partido, parece que por falar demais, e que fechando um ano de mandato até agora parece estar mais preocupado em falar abobrinhas e espalhar ofensas nas redes sociais sem nenhuma comprovação, do que trabalhar em prol de nossa cidade (...) De fato, 'a inveja é uma m...', e a justiça está ai pra corrigir a demagogia e a falta de caráter", escreveu Frizzo, em uma rede social.
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