Grupo de trabalho deverá encaminhar propostas de soluções para a diretora-presidente da companhia, Helen Machado
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14.07.2021 - 12h08min
A Frente Parlamentar de Acompanhamento da Codeca debateu nesta terça-feira (13), com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação de Caxias do Sul (Sindilimp) e do Sindicato dos Trabalhados em Construção Civil, os caminhos para a recuperação da empresa pública. As principais questões que compõem a atual crise na companhia são o déficit financeiro de R$ 29,7 milhões nos últimos cinco anos, as relações trabalhistas e a prestação de serviços.
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar, vereador Adriano Bressan (PTB), serão formados grupos de vereadores para discutirem os problemas e apresentarem soluções para a diretora-presidente da Codeca, Helen Machado (PSDB), em uma nova reunião, ainda sem data prevista.
"A gente precisa de uma solução. Não adianta os vereadores ficarem somente criticando. Vamos discutir e tirar as melhores ideias. O foco é a recuperação da companhia", ressaltou.
O vereador Maurício Scalco (Novo), levantou questionamentos sobre à correção de horas extras supostamente indevidas de funcionários, no setor de coleta de lixo, a possibilidade de implementação de banco de horas e, ainda, o posicionamento dos sindicatos caso seja necessária demissão de funcionários, para corte de gastos.
Para o presidente do Sindilimp, Henrique Silva, há possibilidade do debate para a implementação de banco de horas, mas que este não seria um papel dos sindicatos. Quanto à carga horária de funcionários, Henrique ressaltou que não é possível chegar à quantidade de trabalho do funcionário a partir do registro de horas, mas, sim, a partir de medidas como tempo de coleta, peso carregado e quilometragem rodada pelos caminhões de coleta. Ele defendeu que uma carga horária não cobre esse questionamento, e que um estudo setorial seria ideal para saber quanto é necessário para o funcionário cumprir sua carga de trabalho diária.
Quanto ao corte de funcionários, houve um consenso de reprovação dessa possibilidade entre os representantes dos sindicatos e vereadores presentes, com exceção de Scalco e Maurício Marcon (Novo).
Na ótica do assessor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Roberto Dutra, o objetivo é resolver a questão financeira da Codeca, através da solicitação de um aporte, junto à Prefeitura, e não por meio de medidas que visem ao corte de funcionários. A privatização da empresa também foi uma ideia declinada pelos sindicais.
Para Marcon, os representantes sindicais deveriam flexibilizar a discussão, abrindo mão de algumas demandas. O vereador sustentou a defesa pela privatização da empresa pública, como uma saída para a crise da companhia. Um possível aporte também foi rebatido pelo vereador do Novo, que justificou afirmando que há prioridades para destinação de verbas, como investimentos na saúde e na educação.
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