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O verão da Serra Gaúcha será de Blues em 2023. Flores da Cunha será palco da primeira edição do MDBFair – Red Rooster Edition nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro no Parque da Vindima. O evento é uma ramificação diferenciada do já tradicional Mississippi Delta Blues Festival (MDBF), que possui 13 edições realizadas em Caxias do Sul, além de Gramado e Rio de Janeiro. O MDBFair já fará parte, desde esta edição, do calendário oficial de eventos da Prefeitura de Flores.

Serão mais de 30 atrações musicais divididas em quatro palcos: Deck Nostalgia Stage, Flowers Blues Stage, Malibu Blues Stage e o principal chamado de Red Rooster Stage. As bandas foram selecionadas priorizando artistas locais do cenário do blues do sul do país, contando com alguns nomes nacionais. Outra novidade inclusiva é que, durante o sábado, os palcos Red Rooster e Flowers Blues Stage terão intérpretes de libras atuando durante os shows.

Em cada dia, os portões do Parque da Vindima abrirão em horários específicos, sendo na sexta-feira (3) às 18h, no sábado (4) às 15h e domingo (5) às 11h. O motivo é acolher, além do público noturno, também crianças, famílias e pessoas de todas as idades, seguindo o modelo dos festivais de blues americanos que envolvem a comunidade. Ainda, o estacionamento será gratuito e a acessibilidade para PDE será disponibilizada.

Os ingressos para a 1ª edição do MDBFair estão à venda no site oficial do evento no link. O valor é de R$ 20 por dia de evento ou R$ 40 o passaporte para os três dias. Meia-entrada é garantida para estudantes e idosos, além da entrada ser gratuita para crianças até 12 anos. Também haverá bilheteria local nos dias dos eventos.

O evento tem inspiração na histórica feira ao livre de Chicago, a Maxwell Street Open-Air Fair, realizada na cidade norte-americana desde o início do Século 20, muito importante no desenvolvimento da fase elétrica e urbana do blues.

De acordo com Toyo Bagoso, idealizador do MDBF e do MDBFair, a proposta é de uma atividade mais enxuta do que o festival de blues, trazendo feira gastronômica, valorizando talentos e produtores locais entre restaurantes, cervejarias e vinícolas, além de diversos expositores que possuem conexões com o Blues e suas vertentes.

"Estamos com a mesma essência do Festival, mas em um formato mais reduzido e versátil, permitindo mais espaço para os artistas e produtores locais", afirma.

Para Toyo, o MDBFair é uma oportunidade de proporcionar maior acesso a este tipo de atividade, disseminando o blues e, principalmente, demonstrando como o apoio do poder público à cultura é fundamental.

"A pandemia mostrou que eventos como este determinam quanto o turismo é um segmento importante, que movimenta a economia local e deve ser visto como investimento significativo pelas governanças. Por conta do MDBF, é possível transformar nossa região em polo de turismo musical e desenvolver um trabalho muito interessante neste sentido", aponta.

Entidades culturais locais foram importantes para a existência da primeira edição da feira, tais como Conselho Municipal de Cultura da cidade e a Associação dos Produtores de Arte de Cultura (APAC) de Flores da Cunha, que por meio do músico e produtor cultural Felipe Corso, tornaram-se responsáveis pela escolha do Município como sede do evento.

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