Antônio Braga: 'Não há nenhum programa estabelecido de trabalho de amplo conhecimento público, com data determinada para resolver o problema.'
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12.06.2023 - 07h05min
No ritmo empreendido até agora é possível que ainda haja trabalho para muito além de 2030. A questão é a retirada dos fios e dos cabos desativados de internet e de telefonia dos postes das vias públicas. Há exatamente um ano, aqui, foi publicado "Marotas Maçarocas", cujo conteúdo abordava a horrorosa paisagem aérea da cidade, além do perigo inerente que elas representam. Afinal, são toneladas de carga e de milhares de quilômetros pendurados nos postes urbanos.
De lá para cá houve audiência pública, houve acenos de solução e até houve uma ou outra ação em meia dúzia de quarteirões da cidade. Nada, porém, indica um movimento firme contra este descalabro urbano em meio ao comportamento "concordino" de munícipes e de instituições. Não há nenhuma determinação pública definida de cobrança a quem tem o dever de resolver o problema ao tempo em que as concessionárias desses serviços dão de ombros às maçarocas.
O problema não é exclusivo deste ou daquele município, mas aqui a referência é Caxias do Sul. Institucionalmente, não há nenhum programa estabelecido de trabalho de amplo conhecimento público, com data determinada para resolver o problema. Que seja 2030! Pelo menos, assim, a população poderá reagir de acordo com a fundamentação apresentada ou, então, protestando contra a desídia. Ou seria irresponsabilidade?
Nos tempos em que esses serviços – telefonia e energia – eram prestados por empresas públicas, os responsáveis tinham CPF e RG para responder por qualquer malfeito. Os usuários tinham a quem recorrer para cobrar qualquer descompasso. Além de os diretores dessas companhias serem conhecidos, com endereço e tudo, havia, também, a natural pressão contra agentes políticos em situações como a das "marotas maçarocas".
Essa observação não significa pleitear retorno à estatização dos serviços, mas um grito contra a falta de normas definidas que regulamentem perrengues desta natureza por parte das concessionárias privadas. Como as coisas estão postas, hoje, o que se observa é que a maior ação das concessionárias é vender os seus planos de serviços e de receitas, dividindo o lucro com os ditos investidores que podem estar em qualquer lugar nobre do mundo, menos aqui.
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Opinião Antônio Braga Fim das maçarocas nos postes levará anos a fio Caxias do Sul