Com menos dias de folga, setor deve ter superávit de 4% em relação a 2023
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29.01.2024 - 15h04min
Se em 2023 grande parte dos feriados nacionais caíram em dias úteis, neste ano eles vão se concentrar aos finais de semana. Isso representa uma boa notícia para o comércio. Cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estabelecem que o setor deixará de perder R$ 1,07 bilhão.
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O número significa superávit de 4% em relação a 2023, quando o comércio arcou com prejuízos estimados em R$ 28,99 bilhões, em decorrência dos feriados caídos entre a segunda e a sexta-feira. Uma das principais razões para isso está nos elevados gastos com pessoal. Outra causa está no movimento acanhado, salvo os estabelecimentos turísticos. Nem o suposto maior movimento pré e pós feriado acaba dando resultado, e a consequência são dias de prejuízos.
Atualmente, o Brasil conta com 10 feriados nacionais. O mais recente a ser incluído no calendário foi o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), que será lembrado neste ano, oficialmente, pela primeira vez. Mesmo com mais esse dia de descanso, 2024 registrará dois feriados a menos em dias úteis do que no ano passado – serão seis contra os oito do ano passado, ou cinco contra oito, caso a comparação elimine a Sexta-Feira Santa, único dos feriados que caem sempre num dia útil.
Além da Confraternização Universal, feriado ocorrido no 1º do ano, haverá a Paixão de Cristo (sexta, 29 de março) Dia do Trabalho (quarta, 1º de maio), a Proclamação da República (sexta, 15 de novembro), o Dia da Consciência Negra (quarta, 20 de novembro) e o Natal (quarta, 25 de dezembro). No caso particular do Rio Grande do Sul, ainda haverá mais um feriado, o 20 de setembro, que cairá numa sexta-feira.
Ainda assim, até o final do ano, ocorrerão apenas dois feriadões no Estado – Páscoa e 20 de setembro. Na avaliação do presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, o calendário deve ajudar o setor varejista como um todo. Ele se ampara no fato de que as circunstâncias deste ano apresentam condições mais propícias para manter um maior fluxo de pessoas nas cidades.
"Com menos feriadões, o setor perde menos. As pessoas não saem tanto e acabam praticamente mantendo o consumo habitual", diz Pioner.
Mas um outro aspecto deixa o setor apreensivo. A partir de março, precisará haver negociações coletivas para autorizar atividades laborais nos feriados, como determinou uma nova portaria (nº 3.665/23) do Ministério do Trabalho e Emprego.
"Isso pode complicar a abertura dos estabelecimentos. É um fator que exigirá um pouco mais de jogo de cintura, mas nada que seja desconhecido do setor", comenta Pioner.
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