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Brasil

Executivo pede autorização para remanejar despesas que serão pagas com títulos públicos

A justificativa é a pandemia do novo coronavírus

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
26.08.2020 - 10h32min

Foto Principal - Notícia

O Executivo encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta para alterar o rol de despesas previstas no Orçamento de 2020 que poderão ser pagas a partir da emissão de títulos públicos. A justificativa é a pandemia do novo coronavírus.

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A proposta propõe alteração que permitirá o remanejamento de recursos a fim de quitar gastos correntes (do dia a dia) que foram condicionados à emissão de crédito suplementar para contornar a chamada ''regra de ouro'', prevista na Constituição.

A "regra de ouro” proíbe a emissão de títulos em montante superior ao das despesas de capital (investimentos e amortizações). Para isso, é necessária autorização da maioria absoluta do Congresso – votos de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.

Neste ano, a autorização para gastar um montante de R$ 343,6 bilhões foi pedida pelo Poder Executivo, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Agora, o Executivo quer outra autorização, desta vez para remanejar a destinação dos recursos relacionados a essa emissão de títulos.

“Reitero a importância deste projeto de lei para a aumentar a flexibilidade da gestão orçamentária, especialmente no contexto de combate aos efeitos da calamidade pública decorrente da pandemia da Covid-19”, escreveu o ministro da Economia, Paulo Guedes.

 

Remanejamento

Do crédito suplementar já aprovado para contornar a “regra de ouro”, cerca de R$ 213,7 bilhões correspondem a benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), como aposentadorias e pensões. Equivalem 31,5% dos R$ 677,7 bilhões previstos no Orçamento de 2020. Sem isso, o dinheiro para o RGPS só seria suficiente até agosto.

Outros R$ 500 milhões do crédito suplementar estavam direcionados para o pagamento dos benefícios do Bolsa Família. Na pandemia, as parcelas não foram pagas porque acabaram substituídas pelo auxílio emergencial de R$ 600, que já soma R$ 254 bilhões em créditos extraordinários – contabilizados, portanto, fora do teto dos gastos.

Se aprovado o projeto como pede o Executivo, parte das dotações originais do Bolsa Família, por exemplo, poderão ter seus recursos remanejados para outras finalidades, dentro do limite do teto dos gastos. Em junho, o governo tentou transferir, sem sucesso, quase R$ 84 milhões desses benefícios a fim de atender demandas de propaganda do Planalto.

 

Tramitação

A proposta deve ser agora analisada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, que ainda não foi instalada nesta sessão legislativa. Depois seguirá para discussão e votação por deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso. (Agência Câmara de Notícias)

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação.

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