Flávio Cassina, Alceu Barbosa Velho e Pepe Vargas comentaram sobre o período simbólico da nova administração municipal
andre.tajes@serraempauta.com
09.04.2021 - 09h59min
Quatro dos seis ex-prefeitos de Caxias do Sul foram ouvidos sobre os 100 primeiros dias do governo do atual chefe do Executivo municipal, Adiló Didomênico (PTB). Neste sábado (10), a nova administração completa a data simbólica.
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Alceu Barbosa Velho, do PDT, que esteve à frente da prefeitura de 2013 a 2016, optou por ser econômico na manifestação e definiu o período com equívocos e acertos, mas sem pontuar as ações negativas e positivas.
Adversário de Adiló no segundo turno da eleição do ano passado, o deputado estadual Pepe Vargas (PT), apontou dois fatos negativos como a contratação sem licitação do escritório José Delgado & Ângelo Delgado Advocacia e Consultoria para trabalhar pela Prefeitura no processo do caso Magnabosco por R$ 500 mil e a manifestação do prefeito de que não conseguirá reduzir o valor da tarifa do transporte coletivo para R$ 3,50, uma das promessas de campanha. Pepe administrou a cidade por dois mandatos (1997-2005).
Cassina administrou a cidade no ano passado. Ele tomou posse após a eleição indireta pela Câmara de Vereadores, devido à cassação do mandato de Daniel Guerra (sem partido), que aconteceu no final de dezembro de 2019. Segundo ele, o atual prefeito representa um governo de continuidade, de diálogo e que está no rumo certo.
O ex-prefeito Mansueto de Castro Serafini Filho (PTB), preferiu não avaliar os 100 dias do governo Adiló. Nomeado como presidente do Conselho de Governança da atual administração, permaneceu no cargo por apenas 14 dias. Oficialmente, Mansueto saiu após um desentendimento por ter sido nomeado como CC8, e ele queria contribuir como voluntário e sem receber salário.
O site tentou ouvir ainda Daniel Guerra, que não quis se manifestar. O contato foi intermediado pelo ex-secretário da Saúde, Júlio Freitas (Republicano). Ele comandou a prefeitura de 2017 a 2019.
O ex-prefeito José Ivo Sartori (MDB), não retornou os contatos da reportagem. Ele governou por dois mandatos (2005-2008 e 2009-2012).
O que disseram
"Normal como todo começo de governo, equivocos e acertos. O tempo vai consertando os equívocos e aperfeiçoando os acertos." Alceu Barbosa Velho (PDT)
"Tem dois fatos muito negativos: essa contratação ilegal do escritório de advocacia por dispensa de licitação (para trabalhar no caso Magnabosco) e a confissão que cometeu estelionato eleitoral ao dizer que ia baixar a tarifa para R$ 3,50, a Câmara de Vereadores votou favorável a proposta para reduzir a tributação sobre o transporte e ele diz que não vai ter como cumprir a promessa de campanha. Fora isso, com o recrudescimento da pandemia, o governo já poderia ter apresentado propostas de auxílio econômico para os setores que estão com mais dificuldades, como a isenção de IPTU para micro e pequenas empresas, isenção de ISS para determinados setores e a prefeitura de Caxias não fez nada. Em momentos extraordinários exigem medidas extraordinárias." Pepe Vargas (PT)
"Acho bastante positivo. Pode-se dizer que é um governo de continuidade. Alguns dirão que é um continuísmo que eu considero um elogio. Houve um aproveitamento de 11 secretários, seis subprefeitos, vários cargos comissionados nossos. Significa que estávamos no caminho correto. Temos uma afinidade muito grande de pensamento, somos oriundo do comércio. Temos bom trânsito nas entidades de empregadores e trabalhadores e na comunidade em geral. Está havendo muito diálogo e estamos no rumo certo diante do quadro que estamos vivendo. Tem o nosso apoio total." Flávio Cassina (PTB)
"Eu tomei a decisão depois do desentendimento que tive com o Adiló de ficar no obsequioso silêncio." Mansueto de Castro Serafini Filho (PTB)
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