Daniel Guerra deixou o partido por divergências contra o vereador, Elisandro Fiuza, que votou favorável a isenção de impostos para a Visate
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04.02.2021 - 15h05min
O ex-prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, se desfiliou do Republicanos, partido que ingressou em outubro de 2013, após ser expulso do PSDB. Também deixaram a sigla, o ex-vereador, Chico Guerra e a ex-candidata a deputada estadual, Dalva Guerra, irmãos de Guerra. A informação foi publicada no final da manhã desta quinta-feira (4), nas redes sociais do ex-prefeito. Durante o período na sigla, Guerra concorreu a deputado estadual e à Prefeitura caxiense.
O motivo alegado por Guerra é o apoio do Republicanos a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e da taxa de gerenciamento das concessões e permissões à concessionária do transporte coletivo (Visate) até o dia 31 de dezembro de 2024. A isenção representa 3%. A matéria de autoria do governo Adiló Didomenico (PSDB) foi aprovada na Câmara, por unanimidade, com o voto do vereador, Elisandro Fiuza, também presidente do Republicanos de Caxias, até então mesmo partido de Guerra.
A nota menciona ainda a aprovação do projeto de lei que revogou a tarifa colegial (gratuidade de 50%) no transporte coletivo para professores e funcionários de instituições de ensino, e ainda o decreto assinado pelo ex-prefeito Flávio Cassina (PTB), que retirou a gratuidade no transporte de idosos de 60 a 65 anos. O benefício será mantido apenas para as pessoas da faixa etária inscritas no Cadastro Único, com renda de até R$ 1 mil ou meio salário mínimo percapta.
Confira a nota na íntegra.
"O Legislativo municipal, vergolhosamente (inclusive com o voto do partido Republicanos) aprovou a retirada de direitos dos nossos idosos e professores e, doutro lado concedeu isenção de impostos exclusivamente a Visate; diante disto, em ato de repúdio e em sinal de respeito, coerência e solidariedade a comunidade caxiense, estamos nos desfiliando do Republicanos. Nossa posição sempre será a da defesa intransigente da verdade e da denúncia das falsas narrativas políticas que se travestem na proteção de interesses privados em detrimento do interesse público dos caxieses", diz a nota.
Fiuza não atendeu às ligações da reportagem para comentar a decisão de Guerra.
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