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Lucas Rissinger/Divulgação

Inconformado com a situação política da cidade, o empresário Nelson D’Arrigo, 62 anos, recebeu o incentivo da família para concorrer à prefeitura de Caxias do Sul. No início do ano, assinou sua primeira filiação partidária. A sigla escolhida foi o Patriota, antigo PEN, um dos partidos da base do Governo Daniel Guerra. D’Arrigo considera suas atuações em entidades de classe e associações comunitárias e filantrópicas como movimentos políticos comunitários.

O candidato ressalta que sua experiência empresarial pode contribuir na condução das contas públicas no período pós-pandemia do coronavírus. Destaca, ainda, outra característica pessoal:

- As receitas (da prefeitura) vão precisar ser muito bem avaliadas, mas não tenho medo. O que vem pela frente é o que eu sei fazer. Minha maior qualidade é administrar pessoas, estruturar  equipes que busquem resultado.

Confira a entrevista completa aqui.

D’Arrigo também ancora a candidatura no prestígio do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão (PRTB), e no apoio do deputado estadual Luciano Zucco, mais votado da eleição de 2018, que em Caxias obteve mais de 10 mil votos.

Mesmo com pelo menos outras três candidaturas declaradas bolsonaristas – Júlio Freitas (Republicanos), Renato Nunes (PL) e Renato Toigo (PSL) –, o empresário não desanima com a possibilidade da repartição de votos. Articulador da criação do Aliança pelo Brasil em Caxias, partido idealizado por Bolsonaro, D’Arrigo diz que a população conhece os verdadeiros apoiadores do presidente.

- Não vejo este número de candidaturas como ruim. O povo sabe quem apoia, quem tem interesses, e quem trabalha contra o nosso presidente mas se vendem como aliados.

Da mesma forma, D’Arrigo afirma que a população está mais politizada e informada com o acesso à Internet.

- Tem muita fakenews, mas com um pouco de sabedoria todos conseguem separar o que é mentira do que é verdade.

‘Loteamento de cargos’ - Sem dar nomes, D’Arrigo critica o loteamento de cargos da prefeitura por interesses em busca de reeleição e perpetuação no poder. Também questiona os “salários astronômicos” de aposentadorias do serviço público em comparação com as da iniciativa privada.

- É impossível ver na administração pública aposentadorias de R$ 100 mil, R$ 70 mil. É um escárnio. É legal, mas é completamente imoral. Aposentados do Ipam ganhando mais de R$ 15 mil. A legislação federal precisa ser mudada.

Com o apoio do PRTB, partido de Mourão, o candidato do Patriota critica as coligações formadas para a disputa à prefeitura apenas com o interesse de aumentar o tempo da propaganda eleitoral gratuita de rádio e tevê e em troca de cargos de confiança.

- Tem gente dizendo que vai usar o melhor da esquerda e o melhor da direita. Isso é piada. Eu sou e serei a diferença.

 

Propostas prioritárias

Livre iniciativa: “O Estado tem que ser máximo na saúde, segurança e educação. O resto tudo a gente consegue trabalhar com a iniciativa privada, inclusive na habitação que vai ser uma das nossas prioridades. Na gestão privada se administra 100% da empresa, mas se terceirizam serviços por uma questão econômica. Por que o público não pode fazer isso desde que fiscalize os prestadores de serviço com a mesma ênfase que o privado faz?”

Transporte público: “O transporte público de Caxias é superior ao de Porto Alegre. Vão dizer que defendo a Visate, muito antes pelo contrário, mas quero que a empresa seja fiscalizada. Pretendo que o sistema seja amplamente melhorado com Visate ou sem Visate.

Parcerias Público-Privadas: “Caxias tem três joias: Festa da Uva, Codeca e Samae. Tem coisas que a Codeca tem que fazer e outras que não. Para a Festa da Uva, a iniciativa privada é 99% melhor do que a gestão pública. A gente tem um elefante branco. Podemos entregar para uma PPP e ter os direitos da Festa da Uva preservados.

 

Relação com os governos anteriores

Sartori e Alceu: “Eu votei no Sartori, no Alceu e no Néspolo. Não tenho problema de relacionamento com nenhum político por nunca ter sido político. Todos têm a melhor intenção de fazer um governo com a sua maior capacidade. Mas eu me entendo mais preparado para assumir essa posição por não ter dependência política e necessidade de fazer nenhum acerto”.

Guerra: “Fui usuário do Governo Guerra. Demorei seis meses para receber um formulário de IU (Informações Urbanísticas). Ele até poderia estar bem intencionado, mas executou da pior maneira possível. Achava que todos que chegavam na Prefeitura tinham interesse de comprá-lo. No meu caso, queria uma informação em 48 horas, uma semana, e não em seis meses. Faltou respeito com Caxias”

Cassina: “Ele tentou resgatar o diálogo. Resolveu muita coisa, mas tem muita coisa para resolver. O Cassina pegou um rojão”.

 

Calendário

5/10 Adiló Didomenico e Antonio Feldmann

6/10 Carlos Búrigo e Edson Néspolo 

7/10 Júlio Freitas e Marcelo Slaviero 

Hoje Nelson D’Arrigo e Pepe Vargas 

9/10 Renato Nunes, Renato Toigo e Vinicius Ribeiro

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