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Grupos Samba do Feitiço e O Som Delas se unem para três apresentações
redacao@serraempauta.com
29.08.2024 - 18h42min
Caxias do Sul vai ter três oportunidades de saber mais sobre a história do samba por meio de um espetáculo musical que une os grupos Samba do Feitiço e O Som Delas. Intitulado "Onde há samba, há muito mais" o show, que também se configura como uma espécie de "concerto didático".
As apresentações vão abordar a história e influência do samba; a participação das mulheres; os instrumentos utilizados; e o gênero como forma de inclusão social, além de falar sobre a cena local e autoral em Caxias.
O primeiro show será no dia 7 de setembro, no Zarabatana Café, dentro da programação do Caxias em Cena, o segundo será no dia 12 de outubro, na Escola de Samba Acadêmicos Pérola Negra, e o último será no dia 12 de novembro, na Apae, em Caxias. Nas duas primeiras datas, os shows iniciam às 20h, e na terceira, às 10h. Todos os shows são gratuitos, com sugestão de doação de um quilo de alimento não perecível.
O espetáculo mescla canções autorais com clássicos do samba, sendo costurado por textos poéticos do pesquisador e compositor Fábio Basso.
"A ideia é trazer os conteúdos e reflexões que antecedem cada temática de uma forma leve e totalmente integrada com as músicas. O texto não poderia ser longo, ou chato. Assim, me desafiei a fazer as poesias!" conta Basso, que também é o roteirista do show.
Entre as músicas, rigorosamente selecionadas, estão composições de Dona Ivone Lara, Paulo César Pinheiro, Moacyr Luz, Leci Brandão, entre outros. Somando cantores e instrumentistas, serão 12 pessoas no palco em aproximadamente uma hora de espetáculo.
Apaixonados por samba, os integrantes dos dois grupos contam que a ideia de desenvolver o projeto juntos foi natural.
"Apesar de não ter uma tradição em samba, Caxias tem muita gente que faz samba e está produzindo coisas muito boas. Queremos falar disso, mostrar um pouco dessa história", ressalta Basso.
O violonista e compositor do grupo Samba do Feitiço, Zeca Duarte, comenta que falar de samba e das mulheres foi fácil, já que Tia Ciata, mulher negra que viveu no Rio de Janeiro entre 1899 e 1924, é considerada a matriarca do gênero musical. Falar de inclusão social também foi fundamental para a formatação do projeto.
"O samba tem história! O samba transforma as pessoas! Daí vem também o nome do nosso projeto. Afinal não é "só samba". Onde há samba, há sempre muito mais", afirma Duarte.
Para a cantora Karine Silva, integrante do grupo O Som Delas, o samba é transformador, além de ser uma inspiração para todos.
"O samba representa parte da nossa identidade cultural, como povo brasileiro. Para além da música, o samba desempenhou e ainda desempenha funções poderosas de fortalecimento social, luta por igualdade e contra todos os tipos de preconceito. Queremos mostrar esse "muito mais" que o samba tem", ressalta Karine.
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