Empreendedores se reúnem para impulsionar turismo em Galópolis, no interior de Caxias

André Tajes/Divulgação

Um cenário único, que conta com belezas naturais e parte importante da história da indústria têxtil no Rio Grande do Sul: essa é a comunidade de Galópolis, bairro de Caxias do Sul situado às margens da BR-116, no caminho para a Região das Hortênsias.

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Para destacar a vocação empreendedora dessa localidade da Serra Gaúcha, surgiu a Associação Turística Galópolis Tecendo Histórias. Criada formalmente em março desse ano, a entidade reúne 29 empreendimentos e pessoas físicas com o objetivo de desenvolver o turismo ao mesmo tempo em que preserva os valores culturais e a memória desse bairro tão rico em história.

As opções de passeio por Galópolis são diversas: um café que serve os canudos de creme mais famosos do bairro, um restaurante que funciona numa casa centenária mantido por três gerações de uma família, cervejaria, vinícolas, pousada e cabanas, entre outros estabelecimentos.

Situado a nova quilômetros do Centro de Caxias ou cerca de 15 minutos de carro, Galópolis oferece um roteiro completo de possibilidades em um grande museu a céu aberto.

A famosa chaminé da hoje Cootegal, cooperativa têxtil especializada na fabricação de fios e tecidos de lã e mistos, guarda mais de 120 anos de história. Iniciada como uma cooperativa por tecelões vindos de Schio, na Itália, a tecelagem foi vendida alguns anos depois para o empreendedor italiano Hércules Galló, inaugurando uma nova fase no desenvolvimento industrial de Caxias do Sul e transformando a pequena vila de operários em um núcleo sólido da indústria têxtil no início do século 20. Galló mudou tão profundamente o destino da vila que o nome Galópolis é uma homenagem ao empreendedor.

As casas da Vila Operária, inspiradas em modelos da Inglaterra e Itália, que serviram de moradia para os trabalhadores do lanifício e até hoje estão preservadas nos arredores da praça central, são outro ícone charmoso do bairro.

"Estamos apostando no turismo como nova matriz econômica para Galópolis, impulsionados pelo espírito empreendedor de Hércules Galló. Esse espírito sempre existiu em Galópolis. Temos um cenário que é tão original e preservado. Além disso, também temos todo o cenário natural, com o rio, a cascata", destaca o diretor-executivo da associação Renato Sólio, que é bisneto de Herculés Galló.

A casa onde viveu o italiano é hoje um museu, o Instituto Hércules Galló, que pode ser visitado gratuitamente, de terças a sábados. Mas, além da história em torno da tecelagem, há uma variedade de rotas a serem desbravadas.

"Temos todo o interior de Galópolis, restaurantes, vinícolas. Tem trilhas pelo mato. Também temos pousada preparada para hospedagem", elenca a vice-presidente da Associação, Dinara Gabrielli, que também é representante de Galópolis no Conselho Municipal de Turismo (Comtur).

Entre as ações realizadas nos últimos dias pela Associação Turística Galópolis Tecendo Histórias estão o lançamento de um vídeo destacando os empreendimentos turísticos que podem ser visitados no bairro e também uma press trip, que apresentou as belezas e potencial de Galópolis a jornalistas e influenciadores.

Outro projeto para o futuro, a médio prazo, é a organização de um roteiro fixo de visitas à Cootegal, o mais antigo lanifício do Brasil ainda em operação.

Integram a Associação Turística Galópolis Tecendo Histórias: Café Galópolis, Instituto Hércules Galló, Casa Canale, Cervejaria Ordeo, Vinícola Quinta Don Bonifácio, Pousada Bom Pastor, Vinícola Don Severino e Osteria Del Torchio, Agroindústria La Casa Nostra, Zara 7 Pub, Cabanas Canto da Serra, La Fioriera Cabana, Asor Multihall Centro de Eventos, Cootegal, NNs Hamburgueria e Restaurante, Presente Arte e Bloco da Farofada.

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