Governador disse durante coletiva de imprensa nesta sexta que irá pedir atualização à secretária da Saúde, Arita Bergmann
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25.02.2023 - 14h13min
O governador Eduardo Leite (PSDB) disse nesta sexta-feira (24), que irá pedir informações à secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, sobre a ampliação do Hospital Geral. Ele garantiu que o Estado já repassou os R$ 15 milhões para a conclusão da obra.
Em junho de 2021, quando Leite garantiu a verba, o presidente da Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs), José Quadros dos Santos, afirmou que a expectativa era concluir a ampliação até o primeiro trimestre de 2022. Em março, o cronograma inicial completa um ano de atraso.
A manifestação do governador ocorreu após pergunta da reportagem do Serra em Pauta durante entrevista coletiva após a cerimônia de inauguração da nova sede do quartel dos bombeiros da Zona Norte, em Caxias do Sul.
"Os recursos foram disponibilizados pelo governo. Estou pedindo a secretária Arita que, especialmente, possa se dedicar a identificar as causas desse atraso. Confiamos que teremos resolução. O orçamento foi garantido e a gente tem expectativa que a obra possa ser concluída o quantos antes para atender a população de Caxias do Sul e da região. A gente vai buscar junto a UCS as condições que a obra seja entregue", comentou o governador.
Os vereadores de Caxias aprovaram, por unanidade, na sessão realizada no dia 14 de fevereiro, o pedido de informações sobre o andamento nas obras do Hospital Geral. No documento, constam 15 perguntas como quais os valores totais e detalhados em emendas que senadores, deputados federais e estaduais encaminharam para obras. Os parlamentares pedem os motivos das paralisações das obras desde o começo dos trabalhos até o último acontecimento e o cronograma futuro com documentações e prazos. Ainda desejam ter conhecimento dos valores doados por pessoas físicas e jurídicas, com as devidas comprovações de pagamento e datas que foram realizadas. Outra informação solicitada é a respeito dos fornecedores com locais onde foram comprados os materiais para a ampliação.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva
Inauguração do quartel dos bombeiros
"A comunidade se mobilizou intensamente. As indas e vindas mostram a importância do que foi feito ao longo de um ciclo de governo, de reforma, de estruturação da máquina que pudesse ser capaz de atender uma demanda da sociedade gaúcha e desta comunidade. Não é simplesmente a vontade política que resolve. É importante ter recurso, ter projeto, ter capacidade de execução, e partir das reformas que a gente encaminhou o Estado voltou a ter equilíbrio, pagou dívidas, voltou a ter capacidade de aumentar o efetivo policial. Depois de um ciclo de vários governos reduzindo efetivo da segurança pública o nosso governo passado conseguiu terminar o mandato com o efetivo maior do que recebeu, não deixou diminuir com as aposentadorias, como repôs e aumentou o efetivo para poder designar esses 14 bombeiros para estarem aqui (no quartel da Zona Norte) e também teve recursos para comprar equipamentos para poder viabilizar essa guarnição, que é um caminhão autobomba tanque, que é uma ambulância".
Reforma de escolas
"A classificação (* das escolas para as reformas) se deu a partir de análises técnicas feitas por entrevistas e de efetivo do Estado. É o relatório que recebemos das secretarias de Obras e Educação para entender a situação das escolas. Emergencialmente, o que o Estado está fazendo é um aporte extraordinário de recursos na ordem de R$ 30 milhões, que será creditado na conta das escolas. Mas R$ 3 milhões serão distribuídas para as escolas que apresentaram situação mais crítica para que os diretores possam fazer as intervenções mais urgentes. Não vai ser resolvido em 15, dias, em um mês ou dois meses, a gente vai levar tempo para poder colocar as escolas todas na condição que a gente deseja".
* Seis escolas de Caxias receberam a classificação “urgente”. São elas, a Escola Estadual Técnica Caxias do Sul (Eetcs), Emílio Meyer, Olga Maria Kayser, Irmão José Otão, Abramo Eberle e Galópolis. Outras 43 receberam a classificação “intermediária” e cinco escolas necessitam de obras complementares.
Trabalhadores em situação análoga a escravidão em Bento
"Determinei ao nosso secretário do Trabalho e também ao secretário de Justiça e Direitos Humanos que se associem aos esforços promovidos no âmbito do Governo Federal, do Ministério do Trabalho para que a gente possa identificar tudo que precisa ser feito pelo lado do Estado, para dar suporte e atenção devida a esses trabalhadores, e naturalmente, colaborar com as investigações que apurem as responsabilidades de quem tenha submetido esses trabalhadores a essa condição. O Estado estará presenta e acompanhando essa situação".
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