Pré-candidato a presidente da República pelo PDT cumpriu agendas institucionais e com lideranças da Serra
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10.06.2022 - 08h55min
Em sua passagem por Caxias do Sul nesta quinta-feira (9), o pré-candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, cumpriu uma série de visitas institucionais. Após a primeira agenda com diretores da Marcopolo, ele esteve reunido com lideranças pedetistas da Serra, no salão da 25ª Região Tradicionalista. Acompanharam as agendas, a presidente do PDT caxiense, Cecília Pozza, e o pré-candidato ao Piratini, Vieira da Cunha.
Na entrevista coletiva, o presidenciável defendeu uma proposta de reforma do pacto federativo para atender as necessidades dos estados, e a mudança da política dos preços dos combustíveis da Petrobras. Ciro criticou os pré-candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), e a falta de discussão política para os problemas da população como o desempego, a falta de renda e o valor do salário mímino. Também respondeu ainda de que maneira e com quem gostaria de disputar o segundo turno.
As outras agendas de Ciro foram na Randon, na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC), na Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Como chegar no segundo turno
"Tendo mais votos que os adversários. Saindo da brincadeira. Hoje, toda a premissa do debate do Brasil empurrado por um certo jornalismo descuidado lá de São Paulo, parece que há um ano a eleição já está resolvida e de forma despolitizada numa discussão entre o fascismo e o comunismo. Isso passa muito longe da agenda do povo brasileiro. 70% dos brasileiros ou estão desempregados ou no desalento ou na informalidade. A renda brasileira é a pior da série histórica. O salário mínimo tem o pior poder de compra dos últimos 20 anos. Temos que discutir essas coisas. É assim que pretendo superar meus adversários. O Lula e o Bolsonaro, que são pessoas diferentes, representam rigorosamente duas coisas que são a causa desse desastre brasileiro. Qual é a causa? O modelo econômico que destrói a produção e os empregos e o privilegia bancos, e o modelo político que privilegia a corrupção. O Bolsonaro é filiado ao PL que é o partido do Valdemar da Costa Neto, que foi preso e condenado no Mensalão. Não é possível que o Brasil não percebe que esse tipo de coisa está destruindo a confiança do povo na democracia. Eu tenho propostas concretas para um novo modelo econômico e de governança política. Se eu tenho a sorte de ter a atenção do povo brasileiro a possibilidade de vitória é muito grande, não quer dizer que é fácil. Infelizmente, sou o único candidato contra esse sistema".
Adversário do segundo turno
"Acho que seria melhor para o Brasil ir para o segundo turno contra o Lula, porque teríamos pacificado a democracia brasileira, não teríamos mais esse juízo odiento que o bolsonarismo e o lulismo radicais impõe um ao outro. (Lula) Não compreende mais os desafios do mundo moderno e que está produzindo, talvez até por despreparo mesmo, porque parou no tempo e espaço, o maior estelionato eleitoral da história do Brasil ao deixar que a população imagine que é só trocar o Chico ou Manoel, tira o Bolsonaro e bota o Lula, que vai voltar os tempos generosos de picanha e cerveja, primeiro isso nunca foi verdade e segundo o mundo é outro, o Brasil é outro gravemente. Se o povo votar nessa simplificação grosseira o que acontecerá no dia seguinte é um ambiente de absoluta inconfiabilidade no ambiente político".
Pacto federativo
"Hoje, 23 dos 27 estados brasileiros estão quebrados. O Rio Grande do Sul está definhando a sua estrutura pública. A educação do Rio Grande do Sul que já foi modelo para o Brasil está decaindo. A Brigada (Militar) tinha três vezes o efetivo do que tem hoje. A política de juros dos governos Lula, Fernando Henrique (Cardoso) e agora Bolsonaro alopram qualquer dívida e não há ativo que corra atrás disso. Estou propondo reestruturar esse passivo todo. Não aceitem esse acordo que o Governo Federal está impondo, isso destrói a condição do Rio Grande do Sul de adquirir a sua autonomia".
Política de preços da Petrobras
"Os preços dos combustíveis são essenciais para todos os outros preços. O Brasil mudou a política de preços da Petrobrás para atender quem? De novo, a banqueirada. O Brasil produz o barril de petróleo mais barato do mundo – hoje custa 10 dólares. O Michel Temer (MDB) e o Bolsonaro estão mandando cobrar do povo 130 dólares. As grandes petroleiras do mundo estão fazendo 6,5% de lucro, o (lucro) da Petrobrás é 38%. Nosso país, é um país assaltado. Comigo, se eu tiver a honra de servir esse país, acaba tudo. Ou eles me matam ou eu mudo isso.
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