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Confusão

Em Caxias, audiência pública sobre a ocupação de Maesa tem empurra-empurra

Grupo de estudantes tinha sido impedido de entrar para cumprir com a capacidade máxima do auditório

Colunista - André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com

Instagram/Lucas Caregnato/Reprodução/Divulgação
Foto Principal - Notícia

Vereador Lucas Caregnato e cargo em comissão da Secretaria de Parcerias Estratégicas Maico Pezzi de Souza se desentenderam

A quarta e última audiência pública que apresentou a proposta da administração municipal de parceria público-privada (PPP) patrocinada para modelo de gestão da Maesa, e ouviu as reivindicações da comunidade teve um princípio de confusão. O encontro ocorreu na noite desta terça-feira (25), no auditório da Prefeitura de Caxias.

Segundo a chefe de Gabinete, Grégora Fortuna dos Passos (PTB), a administração municipal decidiu realizar a audiência com as portas do auditório fechadas para evitar a superlotação do local e cumprir com capacidade de ocupação máxima de 100 lugares.

Um grupo de cerca de 20 pessoas – representantes dos movimentos estudantis, sociais e da cultura foram impedidos de entrar no auditório. Do lado de fora, eles cantavam:

"Pela Maesa, eu vou lutar. É resistência, é resistência popular".

Com cadeiras vazias no local, o vereador Lucas Caregnato (PT) decidiu abrir as portas do auditório para o grupo entrar. O ato deu ínicio a um empurra-empurra entre o parlamentar e o cargo em comissão (CC) lotado da Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas, Maico Pezzi de Souza. O nome do CC foi confirmado pelo titular da pasta, Matheus Neres da Rocha.

A vereadora Rosi Frigeri (PT) contou que teve a mão machucada durante o desentendimento. Por sua vez, Grégora disse que Caregnatto a desrespeitou ao gritar com ela no meio da confusão.

Com os ânimos mais calmos, as pessoas que protestavam puderam acompanhar a audiência, ouviram as perguntas das pessoas inscritas previamente e também apresentaram suas opiniões sobre o tema.

Caregnato usou parte de seu tempo para protestar contra o empurra-empurra.

"Essa audiência pública demonstra a derrota moral que o governo Adiló tem ao propor esse modelo de concessão patrocinada para a Maesa", brabou.

O petista fez dois questionamentos aos secretários municipais. Qual o valor que o Muncípio deverá apontar no complexo da Maesa e se a atual proposta da administração Adiló respeita o Plano de Ocupação Geral aprovado pelo Coselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc).

Rocha explicou que o valor das contraprestações no Município é de R$ 1,9 milhão por ano, porém ressaltou que o pagamento está atrelado ao desempenho do parceiro privado. Na avaliação da secretária municipal do Planejamento, Margarete Bender, o documento atual "contempla todas as diretrizes".

Durante a manifestação de Caregnato, o secretário de Governo, Flávio Cassina (PTB), deixou o auditório incomodado com a manifestação do petista.

"Não vou ouvir essas palhaçadas", disse ao passar pela reportagem.

A vereadora Rose Frigeri (PT) defendeu que o governo municipal acate as propostas recebidas da comunidade e o tombamento nacional do prédio da Maesa, que segundo ela, garantirá recursos federais e internacionais.

A servidora pública, Nivea Rosa, também lamentou o episódio envolvendo os vereadores petistas, a comunidade e o CC, e classificou a audiência pública como "ditatorial e fascista".

"A população não quer pagar por estacionamento, não quer pagar pelo que é nosso. Essa audiência não deveria ser aqui. Deveria ser nos bairros de Caxias. Tirem a bunda da cadeira e vão até a periferia de Caxias”, disse Nívea, repetindo a frase usada por Eduardo Leite para José Ivo Sartori durante a eleição para governador em 2018.

Governo recebe proposta alternativa

Nesta quarta (26), no início da tarde, o prefeito Adiló Didomenico (PSBB), recebe uma proposta alternativa para a gestão da Maesa – o modelo de fundação, com personalidade jurídica de direito privado e autonomia administrativa e financeira. O documento será entregue pelo presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, o presidente da Associação dos Amigos da Maesa (AMaesa), Paulo Sausen, e o ex-vice-prefeito Elói Frizzo (PSB).

Rocha negou que o modelo proposto seja "definitivo e absoluto", e ressaltou que todas as demandas recebidas serão analisadas. Também rejeitou a possibilidade de descentralizar a realização das audiências públicas para os bairros da cidade, proposta apresentada durante o encontro.

"Tivemos algum incidentes que dificultaram um pouco a condução (da audiência). Agora o que a nossa equipe precisa é após o prazo da consulta pública se debruçar sobre todas as manifestações, todas as considerações para refletir como pode ser inserida no projeto, e posteriormente trazer a público as nossas constatações", comentou o novo secretário municipal de Parcerias.

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