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Eleições 2022

Eduardo Leite indica que pode ser candidato à presidência da República

Em evento na CIC Caxias, governador presta contas de sua gestão e fala de novos desafios

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Ana Clara Nazario/CIC Caxias
Foto Principal - Notícia

No primeiro evento do ano, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul realizou um café da manhã com palestra do governador Eduardo Leite (PSDB), aproveitando sua presença na cidade para a abertura da Festa da Uva, nesta sexta-feira (18). Para um público de aproximadamente 200 pessoas, Leite apresentou um panorama dos desafios que ainda restam às finanças do Rio Grande do Sul passada a fase do ajuste fiscal de curto prazo.

Depois de elencar as principais medidas que levaram o Estado ao equilíbrio fiscal, como redução de gastos e pagamento dos salários dos servidores em dia depois de 57 meses de atraso, o governador mencionou a dívida com a União e a dívida com precatórios como duas situações que ainda deverão ser resolvidas nos próximos anos, especialmente a regularidade e pontualidade nos pagamentos.

Leite disse ainda acreditar que o Rio Grande do Sul vive um novo ambiente econômico, com menos burocracia e mais digitalização, facilitando a vida do cidadão e do empresário. Como consequência, o Rio Grande do Sul melhorou no ranking de abertura de empresas, mais de 18 mil normas foram revogadas e mais de duas mil estão sendo atualizadas e modernizadas.

Também de acordo com ele, o Estado retomou a capacidade do investimento público. A projeção, acrescentou Leite, é de R$ 5 bilhões em investimentos com recursos próprios no ano de 2022.

"O governo gaúcho volta a fechar o ano no azul, com superávit de R$ 2,55 bilhões", comemorou, referindo-se ao resultado das reformas, privatizações e aumento de arrecadação.

Futuro político

Em relação ao cenário político, e após ser provocado pelo presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, para que revelasse seu futuro político, Leite ratificou que não pretende concorrer à reeleição.

"Eu tenho sido demandado por diversas pessoas que entendem que a reeleição seria interessante. E agradeço, isso me envaidece, sou um ser humano, e tenho minhas vaidades também, como qualquer um. Mas entendo que minha missão foi e está sendo cumprida neste período, e que a gente pode passar o bastão adiante, garantindo a continuidade do projeto para o Estado. Mais importante do que a pessoa, é o projeto", afirmou o governador.

Leite falou ainda que se sente vocacionado para a vida pública e que está conversando com um grupo de pessoas sobre criar condições para um caminho alternativo no cenário nacional. Criticou a polarização na disputa à presidência da República e o tom agressivo da campanha.

"Eu não acho que estas eleições devam ser vencidas porque os outros são piores, mas mostrar um projeto melhor, um caminho melhor. Essa é a minha visão, e muita gente acredita nisso e estamos conversando, sim, sobre criar uma alternativa com serenidade, com tranquilidade. Política se faz assumindo riscos, a gente não entra em aventura, mas a gente entende que são riscos que podem ser tomados. Eu me realizo, como disse, com o sentimento de missão, na vida pública, e se for de fato algo consistente e a gente tenha apoio para isso, eu tenho coragem de me colocar à disposição para apresentar um caminho alternativo", concluiu, sem citar partidos.

Na segunda (14), Leite esteve reunido com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, quando recebeu o convite de filiação para concorrer à presidência da República.

Investimentos em infraestrutura

Em sua fala de abertura, o presidente da CIC Caxias agradeceu à presença de Eduardo Leite na entidade em um dia tão emblemático para Caxias do Sul, com a inauguração da Festa da Uva. Celestino pediu ao governador que olhasse para a Serra Gaúcha como uma usina de inovação, de propulsão do desenvolvimento, de gente empreendedora e de empresários comprometidos com o crescimento do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, o dirigente entregou ao governador um documento com uma pauta de demandas da classe empresarial, especialmente voltadas para a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística.

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