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Denise Suzin Borges/CIC Caxias/Divulgação

A economia de Caxias do Sul cresceu 5,7% em fevereiro, na comparação com janeiro, resultado do desempenho positivo da indústria (10,1%) e dos serviços (1,2%). Na comparação com fevereiro de 2023, a economia local cresceu 14,5%. Também neste indicador, a indústria registrou alta de 14,7%, enquanto os serviços cresceram 23,9%.

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As vendas no comércio apresentaram ligeira queda de 0,35% em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano. Os números do varejo também foram negativos em relação ao mesmo período de 2023 (-2,72%) e nos últimos 12 meses (-1,51%). Estes e outros indicadores foram divulgados nesta quinta-feira (4) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Na análise do indicador acumulado do ano, em que se compara o primeiro bimestre de 2024 com igual período do ano passado, houve um crescimento na economia da ordem de 10,7%. Os serviços cresceram 21,7%, enquanto a indústria cresceu 7,7%. O cenário do comércio ainda é de queda no acumulado deste ano (-2,13%). Os serviços, ao contrário, caíram 2,1% no acumulado do ano. No acumulado de 12 meses, o índice também é de alta: 5,4%.

Para o diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC, Tarciano Mello Cardoso, a avaliação de longo prazo, que compara fevereiro de 2024 com o mesmo mês do ano passado, demonstra que a economia local teve um crescimento bem representativo. Ele lembra que a atividade econômica costuma ter oscilações e variações setoriais dependendo do mês, mas "no conjunto da obra, a economia de Caxias do Sul vem com um viés positivo nos últimos meses", frisou Cardoso.

Em relação aos postos de trabalho, o estudo traz dados do Caged que mostram que o mercado formal apresentou aumento de 2.847 novas vagas em fevereiro, um crescimento de 1,7% no mês. O maior número de empregos ocorreu na indústria. Foram 1.638 vagas criadas em fevereiro. Em Caxias do Sul, o estoque de empregos formais está na marca dos 167.899.

Comércio

Mesmo com o bom resultado nas vendas de material escolar, que ajudou o segmento de livraria, papelaria e brinquedos a ter alta de 3,91%, o ramo mole apresentou queda de 2,57%. No ramo duro, que registrou leve aumento de 0,40%, os segmentos que tiveram crescimento foram os de automóveis, caminhões e autopeças novos, com 2,97%, e de informática e telefonia, com 2,32%.

O assessor de Economia e Estatística da CDL, Mosar Leandro Ness, lembra que fevereiro, historicamente, tem as vendas prejudicadas por ter menos dias e o feriado prolongado de Carnaval. O economista também cita a proposta de aumento de impostos pelo Governo do Estado como um fator que merece atenção dos comerciantes.

"Elevação de impostos tendem a gerar resultados negativos, porque as empresas reduzem a produção e investem menos. Na hora de comprar, as pessoas dão preferência aos itens básicos, o que pode vir a impactar nas vendas do varejo local. A perspectiva para o longo prazo ainda continua com um cenário de estabilidade, com tendência a um ritmo de crescimento inferior ao do ano passado", contextualiza Ness.

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