Economia de Caxias do Sul apresenta queda de 2,8% em julho

Denise Suzin Borges/CIC de Caxias/Divulgação

Com queda de 6% na indústria, a economia de Caxias do Sul registrou desempenho negativo de 2,8% em julho, se comparada ao mês anterior. Quando a comparação é entre julho de 2023 e julho de 2022, o desempenho, porém, é de 4,8% de crescimento, sendo que os serviços apresentaram alta de 25,8% no período. No acumulado dos últimos 12 meses, o desempenho é positivo em 5,7%.

As vendas no comércio caxiense tiveram um crescimento de 2,07% em julho em comparação com junho. Pelo segundo mês seguido, o varejo da cidade apresentou incremento, após um período de 90 dias em queda. Entretanto, em relação ao mesmo período de 2022, houve redução de 3,35%. No acumulado do ano as vendas foram positivas, com expansão de 4,40%, e de 8,21% nos últimos 12 meses.

Os números do desempenho da economia de Caxias do Sul no mês de julho foram divulgados nesta terça-feira (11) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

O levantamento mostra ainda que o acumulado de janeiro a julho também foi positivo: 5,7%, com os serviços crescendo 22,7%. A indústria registrou queda tanto no acumulado do ano (-4,3%) como no acumulado de 12 meses (-3,3%).

O diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Tarciano Melo Cardoso, explicou que na análise dos componentes que compõem o índice da indústria, no comparativo entre julho de 2023 e julho de 2022, destaca-se o desempenho negativo das compras industriais (-36,2%), das vendas industriais (-15,1%) e da capacidade instalada (-11,5%).

Para o assessor de Economia e Estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, os números indicam uma melhora frente ao primeiro semestre, mas precisam ser analisados com cautela em função do arrefecimento em relação a julho de 2022.

"Estas sequências de bons resultados são importantes para reverter os índices negativos do primeiro semestre e para recuperar os resultados de longo prazo, mantendo números positivos nos acumulados do ano e de 12 meses. Estes índices não podem ser tratados como ruins, mas estão em queda. E é por este motivo que precisamos ficar atentos aos resultados dos próximos meses para que possamos fechar o ano com números melhores dos que tivemos no ano passado", resumiu.

O gerente Administrativo Financeiro da CDL, Carlos Alberto Cervieri, citou os dados da pesquisa realizada pela entidade que apontou que o inverno menos rigoroso afetou as compras no comércio caxiense. De acordo com o levantamento, 43,3% dos consumidores entrevistados relataram que a baixa incidência do frio fez com que comprassem menos em comparação a 2022.

"Em julho não temos nenhuma data comemorativa que seja relevante para o comércio. Isso, somado ao fato de termos um inverno sem as temperaturas baixas que tivemos em anos anteriores, fez com os resultados não fossem os esperados para o mês. O que chama atenção é o incremento significativo de consultas ao SPC, que demonstra uma vontade e um ambiente de negócio que podem se concretizar nos próximos meses, podendo movimentar a economia", sinalizou o gerente.

Mercado de trabalho

No mês de julho, Caxias contabilizou um estoque de 161.084 empregos, registrando 6.863 admissões e 7.113 desligamentos, resultando no fechamento de 250 empregos formais. A indústria foi o setor que mais fechou postos de trabalho, com 407 desligamentos, seguida pelo setor de agropecuária, com 33 postos de trabalho encerrados.

Comércio exterior

O desempenho das exportações aumentou, enquanto o desempenho das importações diminuiu em relação ao mês de junho. Com isso, o resultado do saldo na balança comercial foi maior do que no mês anterior, registrando alta de 117,3% em relação a junho e 12% sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, houve um resultado positivo de 65,7% no saldo da balança comercial caxiense.

Os Estados Unidos aparecem na primeira posição entre os principais destinos das exportações caxienses. Em seguida vêm Chile, Argentina, Uruguai e México. Já a China continua o principal país de origem das importações locais. Logo após aparecem Itália, Alemanha, Estados Unidos e Japão.

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