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Alencar Turella/CDL Caxias/Divulgação

O desempenho da economia de Caxias do Sul em outubro apresentou alta de 3,8% em relação a setembro e de 4,6% em relação a outubro de 2022. O acumulado no ano está positivo em 4,8% enquanto nos últimos 12 meses o índice de crescimento chega a 4,7%. Os indicadores foram divulgados nesta terça-feira (5) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

O comércio cresceu 8,4% sobre o mês anterior, enquanto a indústria cresceu 3,9% no mesmo comparativo. Os serviços foram o setor responsável pelo pior desempenho do mês, com 0,9% de alta em outubro sobre setembro. No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a outubro, destaque para os serviços, com 21,3% de crescimento. O comércio registra crescimento de 1,2%, mas a indústria tem queda de 3,2% no período.

Em outubro, as vendas no varejo caxiense deram sinais de recuperação e cresceram 8,4%, em comparação ao mês de setembro. Já em relação ao mesmo período de 2022 os números são estáveis, com tímido aumento de 0,36%, enquanto no acumulado do ano há incremento de 1,20%.

O assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, destacou que outubro apresentou crescimento acima do esperado nas vendas na comparação com setembro. O economista fez referência ao baixo aumento nas comercializações do Dia das Crianças e na sensação dos varejistas de que o setor segue em ritmo lento, o que explica a desidratação dos índices acumulados no ano e nos últimos 12 meses.

"Outubro estava marcado por projeções negativas para o varejo, com relato dos empresários de que o mês fecharia com vendas aquém das esperadas. Porém, o resultado no faturamento, felizmente, apontou em outra direção. Uma das possíveis explicações para este desempenho positivo é que a base de dados dos meses anteriores foram de resultados ruins, além de uma oscilação de desempenho que promoveu uma redução dos negócios de longo prazo, tanto no decorrer do ano quanto no acumulado de 12 meses", contextualiza Ness.

Cleber Figueredo, coordenador de Tecnologia, Informação e Inovação da CDL Caxias, valorizou o fato de o comércio abrir o último trimestre do ano com números positivos. Segundo o coordenador, as movimentações no varejo local em função do Natal podem contribuir para fechar o ano com incremento nas vendas.

"Este ano tem sido de grandes desafios para o comércio de Caxias do Sul e as pesquisas da CDL demonstram que as datas comemorativas não têm gerado os negócios que precisamos para compensar as perdas dos últimos meses. Cabe ao lojista seguir resiliente e apostar numa retomada agora no final do ano. O Natal é uma grande oportunidade de movimentação da economia, com o 13º salário e outros benefícios acessados pelos consumidores. Outro indicativo positivo em outubro é a queda, mesmo que pequena, da inadimplência, o que pode trazer de volta ao mercado muitos consumidores que estavam sem acesso ao crédito", pontuou.

Indústria

Segundo o diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC, Tarciano Melo Cardoso, a indústria mostrou um crescimento bastante expressivo em outubro sobre setembro, que teve menos dias úteis. Já os números do setor de serviços ainda refletem a base reprimida de anos anteriores. Cardoso acredita que em 2023, a economia de Caxias deva fechar com crescimento entre 4% e 5%.

Em relação aos postos de trabalho, o levantamento mostra que no mês de outubro houve ligeira alta, com 0,6% positivo, sendo abertos 1.113 novos empregos no Município. No ano, o acumulado é positivo em 3,1%, com saldo de 4.858 vagas. Hoje, o estoque de empregos formais em Caxias totaliza 163.086 postos.

Já os indicadores do mercado externo apontam aumento de 24,3% nas exportações e 4,7% nas importações na comparação entre outubro e setembro de 2023. O saldo da balança comercial caxiense no acumulado do ano é positivo em 9% e em 12 meses, em 27,9%.

O presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, expressou preocupação com a falta de mão de obra para preencher as vagas de emprego abertas em Caxias e com o descontrole nos gastos públicos do país, fatores que podem impactar no desempenho da economia no próximo ano.

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