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"É um ato nefasto para a economia do RS", diz o prefeito de São Sebastião do Caí sobre o resultado do leilão dos pedágios

Júlio Campani participou da reunião organizada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci de Oliveira

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
20.04.2022 - 09h39min

Joaquim Moura/Divulgação
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O resultado do leilão do bloco 3, realizado na semana passada pelo Governo do Estado, concedendo à iniciativa privada a exploração por 30 anos de 271,5 km de estradas da Serra ao Vale do Caí, foi duramente criticada por prefeitos, vereadores, representantes do empresariado, líderes de bancadas e deputados presentes na reunião realizada nesta terça-feira (19), na presidência da Assembleia Legislativa.

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No encontro, organizado pelo presidente da Assembleia, deputado Valdeci Oliveira (PT), a partir da solicitação de gestores públicos e lideranças de municípios afetados pela medida, as principais críticas disseram respeito ao valor das tarifas - de R$ 6,85 a R$ 9.83 -, a falta de concorrência na disputa - apenas uma empresa se habilitou a participar e ofereceu um deságio de apenas 1,3% no valor da cobrança, contra mais de 50% em outros leilões - e a inexistência de diálogo real por parte do Executivo.

Após ouvir os participantes, cuja opinião unânime foi a de que há necessidade de o governo reconsiderar o modelo apresentado e não homologar o resultado do certame, Valdeci propôs ponderar junto ao governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), com quem tem uma reunião agendada para a tarde de quarta-feira (20), para que este receba uma comitiva representativa - formada por deputados, prefeitos e lideranças empresariais - e ouça as demandas das regiões que serão afetadas.

"Vamos buscar para que o governo os receba o mais breve possível. O que vai acontecer daqui para lá é o diálogo que estamos tentando fazer, essa ponte entre a sociedade e o Executivo. O governo, por mais divergência que tenha, precisa ouvir a população. Democracia pressupõe pensar diferente, mas também ouvir para poder dialogar", defendeu Valdeci.

Questionado se acreditava haver maioria na Assembleia com a opinião para que a homologação do leilão não deva a ser efetivada, o presidente da Assembleia afirmou ser prematuro assegurar isso.

"Mas pelo menos dos líderes, dos deputados e deputadas que estavam aqui presentes, vimos que há uma vontade para que o governo, antes de assinar e referendar o leilão, ouça as comunidades. Acho que isso é mais importante", avaliou.

"Enquanto presidente vou manter uma postura respeitosa e republicana, mas ponderarei, até o extremo, que o governo os receba", assegurou.

"Vamos torcer para que o governo tenha sensibilidade e ouça o Parlamento gaúcho. Antes as reuniões eram feitas por nós, lideranças locais, com o governador Eduardo Leite, com a Casa Civil e, embora se ponderasse, o governo não nos ouvia. Agora é o Parlamento, que aprovou muitas reformas do governo Leite/Ranolfo, que está mostrando que está ao lado da sociedade. O que o governo precisa fazer é reconhecer que houve um ato nefasto para a economia do Rio Grande do Sul e não homologue o edital", afirmou o prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani (PSDB).

De acordo com o representante da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra), Elton Gialdi, que reúne 17 municípios, o modelo do leilão não foi o mais adequado e a prova foi o seu resultado.

"Foi um fracasso. Ficou 60% acima de outras regiões", afirmou.

"Em Lajeado, as lideranças emitiram uma carta, também com posição ao Bloco 2 e em solidariedade às localidades (do Bloco 3)", explicou o líder da bancada do PT, Pepe Vargas.

"As contrapartidas exigidas e a conjuntura (econômica) não atraíram outros (consórcios)", disse o petista.

"Não é o momento de homologar", defendeu o deputado Tiago Simon (MDB).

Também participaram da reunião, os deputados Carlos Búrigo (MDB) e Fran Somensi (Republicanos), e representantes dos municípios de Portão, Bom Princípio, Feliz, Montenegro e Capela de Santana. O deputado Neri, o Carteiro (PSDB) não participou do encontro.

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