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Opinião

Diplomacia americana parece denorex

Antônio Braga: 'A diplomacia é isso ao contrário. Parece que não é, mas é!'

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
13.02.2023 - 06h55min

Divulgação
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Temos tudo para sermos gratos à diplomacia dos Estados Unidos em razão do bem que fez ao Brasil. Aos "missioneiros" especialmente. Eternamente! De outro jeito, temos tudo para exorcizá-la. Até dá vontade de mandá-la "beijar" uma cascavel. A diplomacia (não só a americana) é como "denorex – parece, mas não é". Daí que é difícil saber o resultado da visita, agora, de Lula a Biden. Em diplomacia, encontros desta natureza aparecem lustrados. Só o tempo é que dá a dimensão mais clara de seus emaranhados. A história é implacável neste sentido!

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O encontro foi importante. O mundo ferve. A paz está ameaçada. O risco é maior se comparado à época da guerra fria. A Rússia e a Ucrânia arrastam até países neutros para o conflito em razão de interesses econômicos. Biden quer o Brasil no bojo desse horror em favor da Ucrânia. Os americanos também não têm simpatia alguma pelo Mercosul! E é de duvidar que Lula tenha tocado em ligação do Brasil com o Pacífico, pelo Norte, via Caribe. Quem tem... tem medo! Houve abraços, por certo, na questão amazônica.

A nosso favor está o reconhecimento americano ao direito brasileiro na questão fronteiriça com a Argentina. Um feito que, diplomaticamente, ficou registrado nos escaninhos de Estado e não de governo apenas nos anos 1890. O presidente Cleveland reconheceu, em laudo arbitral, o direito do Brasil contra a Argentina que queria a posse do território das Missões. O Barão do Rio Branco foi fundamental para o desiderato em 1895.

E veio a 2ª Guerra. Roosevelt precisava do Brasil. E o Brasil permitiu uma base militar no Rio Grande do Norte, além de mandar contingentes para os campos de batalha. É certo, também, que Getúlio precisava de dinheiro para projetos siderúrgicos. E ganhou. E caiu em 1945. Os seus "préstimos" não interessavam mais.

E veio o governo Jango. Antes, o Jânio havia condecorado Guevara. E tropicou! Caiu sozinho. É sabido que Fidel havia posto a diplomacia e a inteligência americanas de joelhos. Os EUA não só foram simpáticos ao golpe cubano como foi o primeiro país a reconhecer o governo Fidel. Jango era instado a entrar no jogo contra Cuba. Mas ele teimou com a autodeterminação dos povos. Antes, os EUA o receberam para uma visita de Estado, algo restrito a poucos estadistas. Esse algo, diplomaticamente, está acima de visita de governo como a de Lula. Visita de Estado seria uma forma de cooptação, dizem as narrativas. Jango não capitulou. Caiu!

O Geisel quase caiu. Ele fechou a base militar americana de Natal e fez "beicinho" a Rosalyn, mulher de Carter, na questão dos "Direitos Humanos".

Aí veio Dilma. Ela recebeu convite para visita de Estado. Dilma seria estadista dos EUA. A agenda estava nos trinques. Eis que eclode a sujeira da espionagem, com o vazamento do WikiLeaks, de Julian Assange. O escândalo revelou que os caras sabiam até a fisiologia de Dilma. Ela exigiu desculpas de Obama pelo serviço sujo. As desculpas não vieram. Dilma cancelou a visita. Dilma caiu. Talvez seja narrativa, mas dizem, alhures, que os EUA – republicanos ou democratas – não põem prego em estopa e nem dão "beijos" mesmo que o animal não tenha peçonha.

Ah, denorex era um xampu que em tempos nem tão atávicos assim ficou marcado pela propaganda televisiva: "... parece, mas não é!" (referindo-se a remédio). A diplomacia é isso ao contrário. Parece que não é, mas é!

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