Programação presidida por dom José Gislon foi realizada no final da tarde deste domingo
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30.12.2024 - 08h37min
A Igreja Católica celebrou neste domingo (29), a festa litúrgica da Sagrada Família em comunhão com todas as dioceses do mundo, a pedido do Papa Francisco. A Diocese de Caxias do Sul abriu o Jubileu 2025. Com o tema "Peregrinos da Esperança", o Ano Santo, que é realizado de 25 em 25 anos, recorda os 2025 anos do nascimento de Jesus Cristo e se estende até 28 de dezembro de 2025.
As atividades do Ano Jubilar tiveram início em Roma no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro. Nas demais dioceses do mundo, o Santo Padre determinou, na bula de convocação intitulada "Spes non confundit", ou seja, "A esperança não engana" (Rm 5,5), que a abertura fosse no dia 29 de dezembro.
Na Diocese de Caxias, a programação teve início, às 18h, na Paróquia São Pelegrino, com o rito de abertura do Ano Santo, presidido por dom José Gislon. Na mesma bula de proclamação, o Papa Francisco pediu que a celebração desse destaque a uma cruz que fosse significativa para a região, que deveria acompanhar a peregrinação feita de uma igreja próxima até a Catedral e na Igreja-Mãe da Diocese fosse colocada em lugar de destaque durante todo o Jubileu.
E assim aconteceu: depois do rito de abertura, mais de 1,5 mil fiéis saíram em peregrinação seguindo uma cruz datada de 1892. O crucifixo foi trazido pelos padres palotinos que atendiam a Colônia Caxias e a Igreja Matriz de Santa Teresa, até a Catedral Diocesana de Santa Teresa D'Ávila. Na porta foi realizada a saudação à cruz e a entrada solene de todo o povo na Igreja-Mãe da Diocese, onde aconteceu o rito da aspersão, recordando o batismo, porta de entrada na vida de fé.
Com a entrada do povo de Deus na Catedral, a celebração seguiu o rito da santa missa da festa da Sagrada Família, que foi presidida por dom José Gislon. O bispo emérito, dom Alessandro Ruffinoni e um grande número de padres do clero secular e do clero religioso concelebraram a eucaristia.
Durante a homilia, Gislon falou da importância do Ano Santo.
"O Jubileu nos oferece experiências vivas do amor de Deus, e faz nascer nos corações a certeza e a esperança da salvação de Cristo. Esse tempo particular da graça que acontece a cada 25 anos, é dedicado à esperança. Portanto, hoje está sendo aberto o Jubileu da Esperança, porque Cristo, nossa esperança, não nos engana, nem nos decepciona".
Para a irmã Maria das Graças, religiosa da congregação das Irmãs de São José, o Jubileu não é só para renovar a fé, mas também buscar dentro de si essa esperança tão esquecida, tão amortecida por maldades, por tantos desastres ambientais. Ela ainda afirma que esse momento é rico e privilegiado de bênçãos.
"Esse momento é rico e privilegiado de bênçãos e graças para toda a Igreja, para todo povo, aquele que crê, e para aquele que não crê. O nosso testemunho de participar, de cantar e louvar já expressa que todos nós estamos carentes e precisamos renovar a nossa esperança. Com certeza, 2025 será um ano abençoado como o Papa já pronunciou e nós já estamos testemunhando".
Já para a moradora de Caxias, Andréia Cassol Luvizon, a peregrinação retratou a emoção de caminhar, como povo de Deus, tendo uma esperança concreta à frente: Jesus Cristo.
"Foi bem emocionante ter saído da igreja São Peregrino. Esse ano é um tempo especial para que rezemos mais, estejamos mais em contato com Deus, rezemos muito pela paz no mundo, pela conversão das pessoas, pelas vocações e que esse Jubileu seja de muitas graças".
Ao final da Missa, o vigário geral e coordenador de Pastoral da Diocese de Caxias do Sul, padre Leonardo Inácio Pereira, anunciou que o Jubileu de 2025 pode ser vivido de forma intensa na Diocese.
Conforme proposta da Coordenação de Pastoral, Gislon determinou sete igrejas como locais de peregrinação para os fiéis. São elas: Catedral Diocesana de Caxias do Sul; Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha; Santuário Diocesano de Santo Antônio, em Bento Gonçalves; Igreja Matriz São João Batista e Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Nova Prata; Igreja Matriz da Paróquia São João Batista, de Daltro Filho, município de Imigrante, região pastoral de Garibaldi; Igreja Matriz da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Antônio Prado, região pastoral de Flores da Cunha e Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Paula.
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