Diagnóstico vai mapear demandas culturais da Zona Norte de Caxias

Priscila Minuzzo/Divulgação

Nesta semana inicia a coleta de dados do diagnóstico socioterritorial que pretende mapear demandas artísticas e culturais de sete bairros de Caxias do Sul: Vila Ipê, Belo Horizonte, Centenário, Canyon, Fátima Baixo, Santa Fé e Colina do Sol. O projeto é realizado pela Fluência Casa Hip Hop.

O resultado do estudo, que segue até o final de abril, vai subsidiar o planejamento de oficinas gratuitas que serão oferecidas à comunidade, sob medida, no segundo semestre de 2023.

Durante três meses de trabalho, assistentes sociais visitarão cerca de 700 famílias, com o objetivo de levantar dados culturais, hábitos, costumes, influências e afinidades da população que vive na Zona Norte. A equipe responsável pelo diagnóstico também fará reuniões com coordenadores de serviços de convivência, como Murialdo Santa Fé, Entidade de Assistência à Criança e ao Adolescente (Enca), Centro Assistencial Joana D’Arc, Centro de Convivência Santo Antônio, Associação Criança Feliz e CAMI São José. Também está prevista uma reunião com os presidentes das associações de moradores dos bairros contemplados. A metodologia engloba atividades vivenciais, acolhida, escuta qualificada, realização de entrevistas e registros fotográficos, entre outras técnicas.

"Esse projeto surgiu no intuito de entendermos melhor o território em que estamos inseridos. Entender as necessidades, os costumes, as vivências. Em cima disso, poderemos oportunizar ações que estejam mais de acordo com o que a comunidade deseja. Por exemplo, se a comunidade enxergar como necessidade uma oficina de corte e costura, nós vamos proporcionar essa oficina, oportunizando uma alternativa de renda para as famílias da região", explica Franciele Minuzzo, idealizadora da Fluência Casa Hip Hop ao lado de Priscila Minuzzo, Kamila Bazzo e Geovani de Gregori.

Viabilizado por edital da Secretaria Estadual da Cultura, o projeto IN.Fluenciando a ZN será executado até dezembro deste ano, com mais de 20 profissionais envolvidos, entre organização, professores e equipe técnica. Além das ações que serão desenvolvidas com base no diagnóstico, sete oficinas já estão programadas para o primeiro semestre: em fevereiro e março, reciclagem de materiais, educação financeira e elaboração de projetos culturais; em abril, gestão de carreira artística. Também estão previstas, de março a novembro, oficinas de arte educação e 180 horas de formação em Bbeaking, nos módulos iniciante, intermediário e avançado. Todas as formações são gratuitas e voltadas à comunidade da Zona Norte. As inscrições já estão disponíveis no perfil do Instagram @fluenciacasahiphop, acessando o link da bio.

"Queremos contemplar o maior número possível de pessoas da nossa comunidade. Vamos fazer esse diagnóstico, entender as demandas e, principalmente, possibilitar que jovens, artistas e famílias da região tenham alternativas de renda. Isso vai muito além dos 12 meses de execução do projeto. Queremos que as ações desenvolvidas reverberem para o futuro", completa Franciele.

O projeto prevê ainda a produção da websérie "Chapa Quente", que disponibilizará conteúdos exclusivos mensalmente no canal da Fluência no YouTube, debatendo temas atuais como os caminhos da cena hip hop, representatividade feminina, desafios da arte periférica, entre outros assuntos. Outro destaque do IN.Fluenciando a ZN é a produção de um minidocumentário que será lançado em dezembro, com imagens, entrevistas e depoimentos sobre a realização do projeto.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 99637-1566.

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