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Eleições 2020

Debate entre candidatos a prefeito de Caxias tem mais ataques e poucas propostas

Evento promovido pela Câmara de Vereadores foi realizado na noite desta segunda-feira

Colunista - André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com

André Tajes
Foto Principal - Notícia

O primeiro dos três debates que serão realizados nesta semana teve mais trocas de farpas do que apresentação de propostas entre os candidatos à prefeitura de Caxias do Sul. Em busca das duas vagas para o segundo turno, a maioria dos concorrentes tentou desqualificar seus adversários. Em iniciativa inédita, a Câmara de Vereadores realizou nesta segunda-feira (9), à noite, o debate entre os concorrentes chefe do Executivo municipal.

O candidato Renato Toigo (PSL), foi o primeiro a chegar na Câmara - uma hora antes do início do debate. Já o último a entrar no prédio do Legislativo foi o candidato Júlio Freitas (Republicanos), quando faltavam cerca de 20 minutos para começar a transmissão. Os demais debatedores já estavam sentados em seus lugares no plenário da Câmara.

Para evitar aglomeração em virtude da pandemia do coronavírus cada candidato estava acompanhado de apenas um assessor. Nunes foi o único que tinha a companhia da sua candidata a vice, Priscila Vilasboa (PL). Edson Néspolo esteve acompanhado com o presidente do PDT, Maurício Flores. Os outros candidatos estavam com assessores políticos ou de imprensa.

No primeiro bloco, por ordem de sorteio, cada candidato respondeu a duas perguntas: Adiló Didomenico, comentou sobre desenvolvimento econômico e infraestrutura e obras. Júlio Freitas (Republicanos), falou sobre diversidade e meio ambiente e sustentabilidade. Renato Nunes (PL), sobre saúde e habitação. Marcelo Slaviero (Novo), respondeu sobre funcionalismo público e segurança pública. Renato Toigo (PSL), falou de finanças públicas e assistência social. Carlos Búrigo (MDB), respondeu sobre esporte e lazer e Turismo. Já Pepe Vargas (PT), apresentou suas propostas para as áreas da cultura e proteção animal. Antonio Feldmann (Podemos), respondeu sobre suas ações para a Maesa e Festa da Uva. Vinicius Ribeiro (DEM), comentou sobre acessibilidade e agricultura e agronegócio. Nelson D’Arrigo (Patriota), falou sobre educação e autarquias e empresas públicas. Edson Néspolo (PDT), respondeu sobre mobilidade urbana e transporte público e Caso Magnabosco.

No segundo e terceiro blocos, com perguntas entre os candidatos e temas livres, o ambiente ficou mais tenso. Nunes dirigiu a primeira pergunta a Néspolo e chamou o candidato de “todo mundo junto e amigos para sempre”, uma referência aos candidatos que estiveram na mesma coligação na eleição de 2016 e agora disputam o pleito separados. O candidato do PL questionou o pedetista sobre o que pretendia fazer para reduzir a falta de vagas da educação infantil.

- Temos uma demanda de 4 mil vagas. Vamos incentivar a compra de mais vagas da educação infantil e reforçando os convênios – respondeu Néspolo.

Na réplica, Nunes disse: cara de pau da sua parte. Seu governo deixou déficit de 7 mil vagas. Na tréplica, Néspolo disse que não fez parte do último governo (Daniel Guerra) que deixou um déficit de 4 mil vagas.

Pepe afirmou que recebeu a Prefeitura quebrada e entregou com superávit de R$ 54 milhões. Ele questionou Freitas sobre o atual momento financeiro da Prefeitura. O republicano respondeu:

- Recebemos uma Prefeitura quebrada pelo desgoverno dos últimos 12 anos e entregamos em 2019, com superávit de R$ 34 milhões.

Na réplica, o petista garantiu que pretende fundir as secretarias da Receita e Gestão e Finanças para economizar recursos e implantar energia solar nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Na tréplica, Freitas disse que a única candidatura que assume que vai extinguir 50% de cargos em comissão (CCs) é a sua, e que o Governo Guerra conseguiu com essa ação uma economia de R$ 50 milhões, que possibilitou abrir a UPA da Zona Norte.

Em outro embate, Freitas perguntou para Adiló qual a mágica que pretendia fazer para reduzir o valor da tarifa do transporte coletivo para R$ 3,50. O tucano respondeu que pretende contratar uma empresa para construir o Plano de Mobilidade Urbana que não foi realizado pela administração Guerra, e acenou com a necessidade de conceder um subsídio para a empresa de transporte para reduzir a tarifa e tornar o transporte coletivo viável. Na réplica, Freitas afirmou que Adiló tiraria o dinheiro da saúde. Adiló explicou na tréplica que o subsídio virá do aumento do estacionamento rotativo pago.

A pergunta de Adiló para Búrigo também foi uma provocação sobre o emedebista ter se afastado da cidade e ter voltado para concorrer a prefeito.

- Não afastei de Caxias. Assumi um cargo de deputado estadual para cuidar das pessoas que mais precisam – disse Búrigo.

Na réplica, Adiló afirmou que Búrigo já tinha deixado a cidade e disputado as prévias eleitorais de 2012, em São José dos Ausentes. Búrigo negou e disse que o Adiló tinha virtudes e defeitos, mas “não sabia que a mentira era um dos defeitos”.

Em um dos momentos mais tensos, Nunes ao responder uma pergunta de Toigo sobre o tamanho da máquina pública garantiu que fará o enxugamento com a redução dos cargos de confiança e secretarias, mas não apresentou números.

- Vamos deixar de mentir para o povo, vamos deixar de enganar a população. Chega! – afirmou ao mesmo tempo em que deu um tapa com a mão direita na mesa.

Slaviero provocou Vinicius com uma pergunta sobre o apoio do ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni (DEM) e seu passado no PDT. Vinicius revelou que Slaviero foi filiado a Juventude Socialista do PDT. Em sua defesa, o candidato do Novo disse que foi filiado por Vinicius para participar de uma eleição, mas que depois nunca mais participou das atividades do PDT.

No terceiro bloco, Slaviero dirigiu sua pergunta com uma provocação para o candidato “Pepe de Lula Vargas”. Ele trouxe ao debate as propagandas políticas do Novo que ligam Pepe a casos de corrupção e abriu espaço para o petista comentar o assunto.

- Ele (Slaviero) fez menções ofensivas a minha pessoa. Eu tenho ficha limpa. Minha campanha não tem nenhuma acusação contra ninguém estamos apresentando propostas – disse o petista.

Em outro momento de provocação, Freitas questionou Néspolo, sobre como seria a acomodação dos CCs de 21 partidos caso tivesse sido eleito em 2016. O pedetista disse que trabalha com servidores e poucos CCs, e pretende fazer uma reforma administrativa e fundir três secretarias e secretários empreendedores.

Na réplica, Freitas comentou que o PDT engavetou projeto de lei que pretendia extinguir 50% dos CCs. Na tréplica, Néspolo lembrou das promessas de campanha de Guerra de construção das escolas verticais e das 10 estações de transbordos.

Em um momento inusitado, D’Arrigo abriu mão de fazer sua pergunta e disse a Nunes:

- Teu número é o 22 e tu mesmo disse que a bala do (resolver) 22 mata muito. Abre a metralhadora.

Nunes aproveitou o tempo para atacar seus adversários.

O quarto bloco e último bloco foi das considerações finais. Os candidatos aproveitaram o espaço para pedir voto para suas chapas e para os candidatos a vereador.

Outros debates

Os candidatos a prefeito ainda participam de mais dois debates. O próximo está marcado para quarta-feira (11), com transmissão pela Rádio Viva, com início às 20h, na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias. E o último encontro do primeiro turno será na quinta (12), com transmitido pela Bitcom TV, a partir das 21h, direto do UCS Teatro.

 

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