Siga nossas redes sociais
Logotipo - Dados da Faders revelam panorama do autismo em Caxias do Sul | Notícia | Serra em Pauta
Logotipo - Dados da Faders revelam panorama do autismo em Caxias do Sul | Notícia | Serra em Pauta
Siga nossas redes sociais Icone-x-twitter

Cenário

Dados da Faders revelam panorama do autismo em Caxias do Sul

CIPTEA fornece informações detalhadas sobre demografia, assistência à saúde, deficiências e outros aspectos relacionados ao autismo

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Douglas Barreto/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A Frente Parlamentar de Conscientização e Defesa dos Direitos dos Autistas da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul divulgou, na quinta-feira (9), dados da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). A apresentação, que ocorreu para a presidência do Legislativo e para entidades relacionadas com a causa. As informações foram compartilhadas pela Faders Acessibilidade e Inclusão, órgão estadual que emite o documento.

Os dados apontam que existiam 526 pessoas com carteira de identificação, no período de 18 de junho de 2021 a 11 de janeiro de 2023, em Caxias. Essas informações fornecem uma visão detalhada sobre a demografia, assistência à saúde, deficiências e outros aspectos relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) na cidade. A divulgação revela ainda que o Município segue na segunda colocação do Rio Grande do Sul com maior número de carteirinha de autista. Atualmente, Caxias possui 858 carteirinhas emitidas, dados coletados até 6 de novembro.

O aumento no número de carteirinhas emitidas no Município foi impulsionado pela campanha "TEAbraça", criada pela Câmara, com apoio da Frente Parlamentar de Conscientização e Defesa dos Direitos dos Autistas. Considerando o início da campanha, em abril de 2022, houve aumento de 683%, quando haviam 77 documentos emitidos para a cidade.

Entre os documentos emitidos, 78,71% são do sexo masculino, enquanto 21,29% são do sexo feminino.

A faixa etária mais representativa entre os casos de TEA, em Caxias, é de 2 a 3 anos, com 25,67%, seguida pela faixa de 4 a 5 anos, com 19,39%. Juntas, essas faixas compreendem quase metade dos casos (45,06%). As faixas de 8 a 10 anos e de 11 a 15 anos também apresentam uma representatividade específica, com 17,49% e 12,55%, respectivamente. A grande maioria dos casos (90,49%) envolve menores de 18 anos, demonstrando a necessidade de cuidados especiais e apoio às crianças e adolescentes com TEA. A idade do diagnóstico do TEA possui variação, mas a maioria dos casos (47,53%) recebeu o diagnóstico entre os 2 e 3 anos.

Dos indivíduos analisados, 64,07% possuem planos privados de assistência à saúde, enquanto 35,93% não possuem esse tipo de cobertura. O levantamento aponta ainda que 17,87% dos autistas apresentam deficiência adicional.

Quando se trata de renda per capita, 14,64% dos casos têm uma renda até 1/4 do salário-mínimo, 27,95% possuem de 1/4 até 1/2 salário-mínimo, 29,09% têm de 1/2 a 1 salário-mínimo, e 10,27% ganham de 1 a 1 e 1/2 salário-mínimo.

Dos casos analisados, 78,52% das crianças com TEA estão frequentando a escola, enquanto 21,48% não estão matriculadas em instituições educacionais.

Quase metade dos casos (49,43%) estão registrados no Cadastro Único, o que pode indicar uma busca por benefícios sociais e programas de assistência. Apenas 15,78% dos casos recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

A grande maioria dos casos (94,11%) recebe atendimento clínico especializado em áreas como fisioterapia, fonoaudiologia, neurologia, psicopedagogia, psicologia, psiquiatria e terapia ocupacional.

Conforme a presidente da Frente Parlamentar, vereadora Tatiane Frizzo (PSDB), esses dados fornecem uma visão abrangente do cenário do TEA em Caxias e podem orientar políticas públicas e iniciativas de apoio às famílias afetadas por esse transtorno.

"A compreensão dessas estatísticas é fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias," pontuou a parlamentar.

O presidente do Legislativo, vereador Zé Dambrós (PSB), manifestou a importância da ação. Segundo ele, o trabalho desenvolvido em prol dos autistas deve continuar.

"Esses dados revelam o quanto evoluímos com a comunidade autista. Elas ganharam mais dignidade, mais respeito e amor. Fico feliz, como presidente, de ver que o trabalho está progredindo," destacou Dambrós.

Participaram da reunião, representantes da Associação de Pais e Amigos do Autista de Caxias do Sul (AMA Caxias), Instituto UniTEA, Centro Dia Caxias (CDC), Movimento Orgulho Autista Brasil de Caxias do Sul (MOAB Caxias), Programa TEAcolhe e do Centro de Autismo.

Como fazer a carteirinha

A carteirinha dos autistas atende aos requisitos da Lei Federal 13.977/2020. Além dos dados de identificação, o documento possui informações adicionais sobre a pessoa com TEA, por meio de QR Code, inclusive, com geolocalização do endereço residencial.

A Ciptea pode ser encaminhada por meio de um formulário on-line, disponível no endereço eletrônico da FADERS. No site do Legislativo caxiense também é possível verificar o passo a passo para o encaminhamento. Para obter o documento, que possui validade em todo o território nacional, não há nenhum custo.

Leia mais:
Feira Brasileira do Grafeno exalta protagonismo em pesquisa da UCS
CPI da Saúde da Câmara de Caxias quer prorrogação até 4 de dezembro
Restaurante de comida saudável reabre em novo espaço em Caxias do Sul
Instalado conjunto de semáforos na Rota do Sol, em Caxias do Sul
Câmara de Caxias autoriza empréstimo de até 30 milhões para Codeca

Tags:

Cenário dados Faders revela panorama autismo CIPTEA Câmara de Caxias do Sul Tatiane Frizzo Caxias do Sul