Dado Schneider propõe reflexões sobre a comunicação com a geração Z

Júlio Soares/Objetiva/Divulgação

Convidado palestrante da RA CIC desta segunda-feira (7), o professor e doutor em Comunicação, Dado Schneider, iniciou a exposição de seu conteúdo "O futuro mudou... bem na minha vez" pontuando as diferenças entre as gerações do século XX, que vem de uma comunicação verticalizada, movida em diferentes níveis hierárquicos, e a do século XXI, onde a comunicação é horizontalizada, com decisões comandadas por pessoas.

Na estrutura do século XX, conforme o também embaixador da Campus Party ilustrou, a autoridade era constituída, imposta e instituída, muitas vezes, dentro de casa, no ambiente estudantil e no ambiente profissional.

"A gente respondia a autoridade de baixo para cima. Se aprendia com os pais ou responsáveis, professores e chefes. Tínhamos poucas fontes de informação, portanto eram controláveis", lembrou.

Já no século XXI, Dado observa uma mudança radical de estrutura na sociedade com o surgimento da internet, apresentando democratização de acesso a variados conteúdos e infinitas possibilidades de fontes de informação.

"Em geral desconhecidas pelos mais velhos, e muito mais divertidas e interessantes para a nova geração do que absorver conhecimento na forma verticalizada – dentro de casa, na aula ou no ambiente de trabalho", destacou o palestrante, frisando ainda que a geração do século XX se diferenciava pela idade, e a atual Geração Z, pela mentalidade ou "mindset", no inglês, já popularizado.

Diante dessa transformação o recado do pesquisador de comportamento das novas gerações, Dado Schneider, para o empresariado da RA foi a de adaptarem-se, de entender a forma de se comunicar das gerações e tornar-se interessante para atrair e reter os talentos ditados por essa era no trabalho.

"É muito mais fácil entender quem é desse século do que o contrário", afirmou lembrando também de importantes pautas geradas pelo século XXI com a agenda da inclusão, da diversidade, da sustentabilidade, da colaboração e da cooperação.

"É uma nova agenda e vamos ter que nos adaptar, além do desafio de acompanharmos a aceleração da velocidade da mudança", concluiu.

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