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Comportamento histórico

Corretora repercute estudo da bolsa de valores em anos eleitorais

Pesquisa analisou as últimas cinco disputas presidenciais

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Clara Stédile/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A XP Investimentos analisou os efeitos das eleições presidenciais nas ações do mercado brasileiro nos últimos 20 anos. O estudo repercutido pela Safe Investimentos, que é credenciada à XP, mostra a evolução da volatilidade à medida que em que as votações se aproximam, reduzindo após a definição de cada turno.

A retomada de crescimento da valorização das ações foi identificada no estudo a partir do terceiro mês após o segundo turno da eleição, alcançando em seis meses um crescimento de 12,2% e de quase 30% em 12 meses. A análise é feita nos 252 dias úteis que antecedem a disputa e termina em 252 dias úteis depois da decisão do segundo turno. O período compreende as últimas cinco eleições nacionais, ocorridas em 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.

A economista Karen Focchesatto, head Operacional da Safe Investimentos, observa que no estudo, no mês da eleição, entre o primeiro e o segundo turno, a volatilidade aumenta na Ibovespa, mas, imediatamente a partir da definição do segundo turno, ela vai baixando gradativamente.

"Neste período de eleições, a pesquisa mostrou que é possível encontrar oportunidades por conta dessa instabilidade, pois na média histórica, após a definição eleitoral, o mercado sobe. Mas existe a possibilidade de fazer operações para ganhar tanto na alta quanto na queda. Ou seja, é possível se posicionar conforme sua expectativa e buscar boas rentabilidades nos períodos seguintes", explica a especialista da Safe Investimentos.

Na análise da XP, o setor de energia, que representa 14,1% da Ibovespa, é o mais volátil, devido, principalmente, a estatal Petrobras e sua sensibilidade ao risco político. Elétricas e saneamento tendem a ter a menor volatilidade historicamente, e, até agora, em 2022 esse comportamento persiste. Nos últimos seis meses, o setor tem apresentado retornos superiores à média de 2002-2018.

"Na Safe, não sentimos a redução na busca da renda variável. Pelo contrário, estamos identificando um aumento no interesse dos investidores por informações, mesmo que com mais cautela na hora de aplicar", revela Karen.

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