Conselho Municipal de Saúde alerta para possível falta de cilindros de oxigênio nas UPAs de Caxias

Mateus Argenta/BD/Divulgação

O Conselho Municipal de Saúde alertou para a eminente falta de oxigênio para os pacientes das unidades de pronto atendimento (UPAs) Central e da Zona Norte, de Caxias do Sul. O gás é usado para os pacientes com síndrome respiratória devido a contaminação pelo coronavírus. A reunião que aconteceu na terça-feira (9), discutiu ainda sobre a necessidade de lockdown e da criação de um comitê popular de crise para acompanhar a situação da covid -19 na cidade.

A Secretária da Saúde, Daniele Meneguzzi, estava presente na reunião e informou que não havia preocupação com a falta de oxigênio, mas com a possível falta de cilindros.

Na manhã desta quinta-feira (11), a vereadora Denise Pessôa (PT), manifestou a preocupação com a falta de cilindros quando houver a necessidade de reabastecimento dos equipamentos em outra cidade. A parlamentar encaminhou um ofício para a Secretaria da Saúde questionando sobre o assunto.

"O aumento de internações de casos graves ampliou exponencialmente o consumo em toda a rede. Somente na UPA Central a média, que era de 20 cilindros por dia, chegou a 40 em meados de fevereiro, e agora está em 100 cilindros por dia. O reabastecimento, que era feito uma vez ao dia, agora precisa ser feito pelo fornecedor quatro vezes diárias", informou Denise.

Em nome de Daniele, durante a sessão, a vereadora Marisol Santos (PSDB), respondeu os questionamentos de Denise. Segundo a tucana, a demanda “mais que triplicou” desde o início da semana. Para atender a necessidade, a Secretaria da Saúde realizou a realocação de cilindros de oxigênios de algumas UBSs para as UPAs. Além disso, a Secretaria da Saúde estaria recebendo na tarde desta quinta, orçamentos para a instalação de tanques de oxigênio para as UPAs.

O presidente do Conselho, Alexandre de Almeida Silva, disse que a maioria dos conselheiros e usuários manifestou apoio ao lockdown e a criação de um comitê popular devido a gravidade da situação na cidade. Silva informou que o Conselho solicitou informações há mais de um mês à Secretaria sobre a oferta de materiais e medicamentos e ainda não obteve resposta.

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