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Conhecimento é estratégico para vencer desafios da economia

Fabíola Saretta, diretora-executiva da Árete Escola de Negócios

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Zéto Telöken/Divulgação
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A cada começo de ano, em especial os marcados por mudanças geopolíticas, empresários e gestores se voltam a avaliar a economia, o mercado e as principais decisões mundiais, e de que forma impactam sobre as estratégias de negócios e os planejamentos das organizações.

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Mudanças cada vez mais complexas de cenários econômicos desafiam as lideranças e exigem habilidades de análise e de negociação, entre tantos outros aspectos, para se chegar às melhores decisões e resultados.

Neste início de 2025, as expectativas recaem sobre as decisões a serem adotadas pelo novo governo dos Estados Unidos, sobre práticas previstas de desregulamentação da economia e de tarifas comerciais e suas relações com países como a China; sobre inflação e endividamento.

E, também, sobre o momento atual em relação às transformações digitais e seus rápidos avanços. São questões que se colocam à mesa para quem precisa decidir, para as indústrias e para as relações das empresas com seus mercados.

Percebe-se uma rápida transformação da geopolítica mundial, agora com três atores (EUA, Rússia e China), levando a rearranjos locais, sobretudo nos países com recentes mudanças de governos.

Além disso, é preciso considerar o dilema das nações entre alocar recursos para investimentos produtivos que geram mais bens e serviços e melhorias sociais às populações e ou aumentar gastos militares, depois da invasão na Ucrânia pela Rússia. Nesse contexto mundial está o Brasil e a sua economia.

Em aulas para executivos e gestores em nossa escola de negócios, a Árete, a professora Virene Roxo Matesco, doutora em Economia, cita um aspecto em particular quando se observa a economia brasileira: a situação fiscal. Ela destaca que a forma como o governo direciona os recursos impacta as demais políticas públicas e, por conseguinte, os níveis de desenvolvimento econômico e social.

Em 2024, o valor da dívida pública alcançou R$ 8.984 bilhões ou 76,1% do PIB, percentual considerado elevado para país emergente. As despesas públicas foram superiores às receitas públicas (déficit primário) em R$ 47,6 bilhões. Já o resultado nominal, que inclui pagamentos dos juros, totalizou R$ 998,0 bilhões. Somente, em 2024, a nossa dívida pública aumentou quase R$ 1 trilhão.

A economista e professora Virene lembra que, depois da pandemia, a dívida pública mundial cresceu muito e que somente os sete países mais desenvolvidos detiveram 60,6% da dívida mundial, de US$ 97,4 trilhões, em 2023.

Países desenvolvidos e altamente endividados atraem grande parte da liquidez financeira mundial, gerando desvalorizações cambiais, sobretudo em países em desenvolvimento. Em 2024, a desvalorização do real em relação ao dólar foi mais de 24%.

Para 2025, as projeções do Banco Central são de crescimento econômico mais moderado, em torno de 2% — nos últimos dois anos ficou acima de 3%. A inflação continuará com tendência de alta, sendo a previsão de IPCA superior a 5,51%, acima dos 4,83% registrados em 2024.

Lembrando que a inflação de alimentos foi bem maior, de 7,69%. Em decorrência da previsão inflacionária, a taxa básica de juros Selic seguirá em alta. No primeiro semestre, deverá alcançar 15%, encarecendo o financiamento para os negócios empresariais e também o crédito, motor da demanda doméstica, pontua a economista.

A professora Virene explica ainda que, até então, o crescimento da economia foi gerado por fortes transferências de renda, pelo aumento real do salário mínimo e o alto consumo pelas famílias. Estes estímulos, porém, serão mais contidos, dadas as dificuldades fiscais.

Além disso, o ritmo da produção não acompanha a demanda e, com isso, a alta dos preços será a tendência “natural”. Ela destaca que apostar em treinamento, educação, capacitação e inovação tecnológica são sempre elementos-chave para impulsionar a produtividade e garantir um crescimento econômico sustentável de longo prazo.

Ciclos econômicos vão e vêm, e empresários e gestores devem manter a capacidade de resiliência e entender os contextos de mudanças. O conhecimento e a formação irão assegurar as estratégias mais seguras, os planos mais eficazes para cada situação.

Ou seja, é estar preparado para se desenvolver, adotar as melhores práticas de gestão com transparência e sustentabilidade, liderar equipes, gerar novas oportunidades e se tornar mais competitivo.

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