Boletim conta com informações das Ceasas de Porto Alegre e Caxias do Sul, e também da Emater
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26.05.2024 - 11h56min
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou uma avaliação da situação do abastecimento das frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul, mostrando as consequências dessas condições extremamente adversas para o plantio, escoamento e comercialização desses produtos.
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A análise, que conta com informações de entidades representativas do setor, como as Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), Ceasa Serra Caxias do Sul e a Emater/RS, está no 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), publicado segunda-feira (20).
De acordo com a publicação, as operações comerciais realizadas na Ceasa, em Porto Alegre, foram transferidas para a cidade de Gravataí. Ainda assim, os problemas logísticos dificultam fazer chegar os alimentos até a Central e os consumidores conseguirem se abastecer e retornar para seus estabelecimentos comerciais para ofertá-los à população.
Por outro lado, a Ceasa em Caxias está operando de forma normal, pois não foi atingida pela inundação. Contudo, o volume comercializado está menor, uma vez que muitos produtores foram atingidos.
Já com relação à produção dos alimentos, para as folhosas, segundo a Emater no RS, o cenário em diversas regiões do Estado é de impacto negativo pelo longo período chuvoso, com alagamento em algumas regiões produtoras. Até em ambientes protegidos o desenvolvimento tem sido comprometido pela elevada umidade com baixa luminosidade.
Outro problema é a impossibilidade de realizar o manejo das áreas para a reconstrução de canteiros na maior parte do período. Verificam-se perdas de solo, nutrientes e matéria orgânica.
Na Fronteira Oeste, os produtores de alface de Uruguaiana relatam perda de 50% da produção em função do longo período chuvoso.
Para as frutas, uma das preocupações são com os citros. De acordo com a empresa de assistência técnica e extensão rural gaúcha, em Santa Rosa, grande parte das plantas cítricas apresenta carga e frutos pequenos, além da presença de cochonilha, ácaro e pulgão. No município há oferta de variedades precoces de bergamota Okitsu, Ponkan e Satsuma e de laranja do céu.
Já em Soledade, verifica-se atraso no desenvolvimento e na maturação de frutos por falta de luminosidade, além de baixa qualidade.
Apesar dos problemas de logística e produção encontrados na Ceasa, em Porto Alegre, a maioria dos produtos teve a cotação dos preços estáveis no comparativo com os preços anteriores às enchentes. As altas mais destacadas, no dia 15 de maio, foram da rúcula, couve, morango e beterraba.
Já na Ceasa Serra, em Caxias, a partir dos dados informados ao Prohort, na média das cotações coletadas no dia 7 e 14 de maio, de 48 produtos acompanhados, 35 tiveram alta, quatro mantiveram os preços e nove tiveram queda quando comparados com abril.
Outras informações sobre o panorama de abastecimento de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul após enchentes, bem como sobre a comercialização em abril de frutas e hortaliças no setor atacadista, podem ser encontradas no boletim publicado no site da Conab.
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