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Moradores das comunidades de Loreto e São Virgílio, na 2ª Légua, manifestaram publicamente no domingo (3), seu descontentamento com os movimentos apresentados pela Prefeitura de Caxias do Sul no sentido de instalar na região o Parque Municipal de Proteção Animal. Mais de 400 pessoas participaram do protesto no estacionamento da Igreja de São Virgílio, portando cartazes e entoando palavras de ordem.

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Fizeram uso da palavra várias lideranças das comunidades, todas contrárias à instalação do canil em uma área localizada em São Virgílio, como pretende o governo do prefeito Adiló Didomenico (PSDB). Participaram também, vereadores e lideranças sindicais rurais.

Os moradores enfatizaram em suas manifestações, quanto ao local inadequado, seja em função da poluição, da perturbação, do impacto negativo na vizinhança, na fauna e na flora, todas considerando o canil um empreendimento desconectado da vocação da localidade, devendo ser respeitada a vontade soberana dos moradores, sem qualquer imposição do poder público.

As lideranças também iniciaram a coleta de assinaturas em abaixo-assinado que deverá sustentar pedidos de cancelamento do projeto direcionado ao prefeito, pedido de providências ao Ministério Público, não se descartando a judicialização do assunto.

Segundo a comunidade, a região da 2ª Légua tem a vocação na produção de hortigranjeiros, na produção de uvas e frutas de excelente qualidade. Recentemente, inclusive, por obra da iniciativa privada iniciou-se a produção de cervejas artesanais, gastronomia com incentivo ao turismo.

Também foi lembrado, que o local destinado ao canil, se constitui em corredor ecológico de mata nativa, com o retorno da fauna nativa, de bugios, macacos, pacas, quatis, jacus, aracuãs e mais uma infinidade de aves silvestres. Segundo nota do grupo, a situação incompatível com centenas ou milhares de cachorros latindo dia e noite, gerando um impacto ambiental negativo e desnecessário.

Os participantes da manifestação também lembraram que lá existem vertentes intocadas e utilizadas por moradores, que inevitavelmente serão contaminadas.

Ao final da manifestação, houve bloqueio da Estrada da Uva e mais de 120 veículos participaram de uma carreata de protesto até a comunidade de Loreto.

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