Laina Brambatti, educadora
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12.10.2023 - 09h29min
Na educação montessoriana, logo aprendemos que a palavra "professor" ganha outras definições como 'guia'. Essa diferenciação existe para deixar claro que a função é sobretudo se relacionar com as crianças de maneira exemplar. Desse modo, um guia no Método Montessori observa, questiona e oferece possibilidades para que as crianças encontrem o que desejam e precisam. O guia caminha junto da criança compreendendo a si e a criança como cientistas ou filósofos buscando a sabedoria.
Nesse contexto, o educador deve se empenhar em cultivar competências essenciais ao seu papel. Além da formação específica requerida pela metodologia, antes de tudo, deve ser um indivíduo curioso, paciente e amoroso, para que, assim, possa alimentar a curiosidade natural da criança, com respeito.
O autoconhecimento é outro requisito fundamental. Um adulto que o pratica está em contínuo aperfeiçoamento e compreende o processo dos demais. Ao interagir com a criança, o guia montessoriano enxerga nela alguém capaz de aprender no seu próprio ritmo, entendendo que cada indivíduo tem suas competências e desafios. Montessori ressaltou que tentativa e erro são elementos essenciais da ciência e cabe a quem guia as crianças apresentá-los como algo inerente ao processo de aprendizagem. Sendo assim, uma criança nunca será punida com notas ruins ou tratada de maneira rude ou vergonhosa porque errou. A criança é convidada a avaliar as próprias escolhas, verificando se faz sentido ou não a partir de sua busca.
Se fôssemos resumir essa tarefa, diríamos que um guia montessoriano dedica-se a fazer parte da vida da criança, merecer a sua admiração e assim se tornar referência de caminhos possíveis. Assim, é construída uma relação de colaboração e de carinho, não de autoritarismo.
Um professor que se torna montessoriano precisa escolher deixar para trás a opressão que viveu em sua própria infância para dar uma oportunidade às crianças de experimentarem um ambiente que funciona como um laboratório, no qual vivem uma experiência dialógica e que respeita as diferenças. Por todo esse esforço, hoje, prestamos homenagem a todas as pessoas que fizeram essa bela e difícil escolha, pois dedicam sua vida à missão de colaborar para um mundo melhor, a louvável busca de caminhos em busca de paz.
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Artigo Como um educador montessoriano contribui para um mundo melhor? Laina Brambatti