José Mauricio Toledo, diretor-geral da Vidroforte
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15.04.2024 - 16h43min
A indústria moderna enfrenta um desafio sem precedentes: a constante evolução do mercado. Produtos outrora duradouros agora possuem ciclos de vida efêmeros, que exigem personalização intensa para satisfazer um consumidor volátil, que rapidamente se desinteressa pelo que possui e busca incessantemente por novidades. Essa realidade impõe aos empreendimentos uma agilidade inédita em suas trajetórias.
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Historicamente, setores como moda e decoração já experimentam essa dinâmica há anos. Contudo, essa tendência agora permeia outros segmentos, onde cada consumidor deseja expressar seu “Lifestyle” em tudo o que consome - desde o copo em que bebe água até sua mala de viagem e os locais que frequenta.
Diante disso, fábricas tradicionais acostumadas com a produção em massa e estagnadas por longos anos, são compelidas a se reinventar diariamente. A inovação, termo comumente associado a produtos, agora é imperativa para a renovação de processos.
Empresas que não dispõem de ferramentas ágeis para o desenvolvimento de produtos e processos estão fadadas ao declínio. A qualificação dos profissionais e a flexibilidade para se adaptar às mudanças internas nunca foram tão cruciais. Todos os setores industriais, inclusive os mais tradicionais, como financeiro e contábil, precisam se adequar às mudanças para acompanhar a velocidade de lançamento de novos produtos, assegurando o desenvolvimento e crescimento contínuos.
Muitas indústrias criticam o mercado pela falta de previsibilidade das demandas, pelos baixos volumes e pelo escasso tempo para desenvolver produtos. No entanto, essas não são barreiras, mas sim oportunidades de negócio. Estabelecer um processo produtivo capaz de se ajustar a volumes variáveis, mantendo qualidade e eficiência, requer uma equipe que pense fora da caixa e encontre alternativas onde antes não se buscavam opções.
Empresas e profissionais que não compreenderem essa tendência e necessidade atual certamente perderão espaço em breve.
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