Wagner Petrini nega que tenha usado seu cargo para não ser detido
andre.tajes@serraempauta.com
14.07.2021 - 15h32min
A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Caxias do Sul deve investigar a participação do vereador Wagner Petrini (PSB), o Muleke, em uma festa na madrugada do sábado (10). Ele acabou detido pela Brigada Militar.
Na sessão do Legislativo desta terça-feira (13), Petrini ressaltou o respeito pelas ações da Brigada Militar, mas disse que alguns fatos foram distorcidos durante o registro da ocorrência. Ele contestou de três informações que constam no documento policial. Afirmou que não participava de uma festa clandestina, pois o local possui endereço e CNPJ, e contrapôs a informação de que seria proprietário da casa de eventos. Petrini também negou que tenha usado o cargo de vereador para não ser detido.
"Eu apenas afirmei que não deveria acompanhar a guarnição devido a eu não ser o proprietário, tampouco organizador do evento", disse.
O parlamentar afirmou ainda que irá pedir a retificação de parte do documento policial.
"O senhor Wagner se identificou como vereador de Caxias do Sul, o qual disse que não poderia ser detido e não poderia ser preso”, (diz o trecho do boletim de ocorrência) mas acabou ali. Eu vou pedir a retificação: “não deveria ser preso por não ser organizador do evento, tampouco proprietário; não por ser vereador", disse Petrini.
O vereador Alexandre Bortoluz (PP), defendeu uma apuração sobre o caso na esfera penal e administrativa da Brigada Militar, e ainda na Comissão de Ética da Casa. Ele contou o comando do 12º BPM informou que será aberta uma sindicância para apurar a acusação de abuso de autoridade de um policial militar.
O presidente da Comissão de Ética, vereador Maurício Marcon (Novo), garantiu que abrirá um processo disciplinar nos próximos dias.
"Esta Casa vai investigar os fatos, a gente vai esclarecer. Acho que é isso que a gente espera. Nos outros casos, tanto no seu (vereador Alexandre Bortoluz) como o da vereadora Estela (Balardin), a Comissão foi transparente, a gente foi aberto entre todos os integrantes. Então a gente vai, sim, estar abrindo esse processo disciplinar se não amanhã, nos próximos dias, para que essa investigação seja feita e que as coisas fiquem às claras", disse o parlamentar do Novo.
Após ouvir as manifestações de Bortoluz e Marcon, Petrini disse que está à disposição da Comissão de Ética.
"Acho justo, justo, e o mais interessado aqui nesta questão sou eu. Quem não deve não teme. (...) Vou estar à disposição da Comissão de Ética para esclarecer todos os fatos", disse o socialista.
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