Para viabilizar atual estrutura, instituição de saúde busca uma suplementação de R$ 3 milhões por mês
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08.09.2022 - 21h44min
O Hospital Geral de Caxias do Sul vive, hoje, o maior déficit de sua história de 24 anos. A constatação foi anunciada pelo diretor-geral do HG, Sandro Junqueira, aos veículos de imprensa da região durante coletiva realizada nesta quinta-feira (8).
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O objetivo do encontro foi apresentar a situação financeira da instituição de saúde, que passa por dificuldades e hoje registra um saldo negativo de R$ 5,79 milhões somente em 2022, classificado como insustentável.
"É o maior déficit da história do Hospital, comprometendo estrutura e serviços. Estamos tentando de todas as maneiras recursos para não ter que reduzir nada. Essa é a nossa meta", afirmou, estimando que, nas mesmas circunstâncias, deve-se registrar uma defasagem entre R$ 15 e R$ 20 milhões até o final do ano.
A busca para o equilíbrio econômico a fim de evitar uma redução de serviços, que envolve a sensibilização dos entes públicos – união, estados e municípios -, além da recomposição do déficit é por uma suplementação mensal de recursos na ordem de R$ 3 milhões – sem considerar aportes de recursos para cobrir o aumento do piso da enfermagem.
Outro desafio da direção do HG é a busca de alternativas para garantir a viabilidade financeira do custeio, a partir da ampliação de leitos e da nova capacidade de atendimento do complexo hospitalar. Algumas obras de ampliação têm previsão de entrega ainda no mês de outubro, e, em prazo estipulado para 60 dias.
A busca para a complementação dos recursos, intensificada desde maio, já incluiu o estabelecimento de convênios para atendimentos ambulatoriais e de radioterapia, com operadoras de saúde e prefeituras, como dos municípios de Flores da Cunha, São Marcos, Nova Pádua, Monte Belo do Sul e Nova Roma do Sul. Fazem parte das ações o recebimento de emendas parlamentares, que já totalizaram R$ 2,45 milhões em 2022, e negociações com o Estado e a União.
Cenário
Hoje, o cenário da saúde na região do HG, conforme contextualizou, é de 73 pacientes aguardando por leitos fora do Hospital, com quadros de cada vez mais gravidade. A realidade ainda inclui a defasagem na tabela SUS, o aumento expressivo nos valores de medicamentos, a solicitação de aumentos para ampliar as equipes médicas, reajuste de valores retroativos para fornecedores, contratação de mais enfermeiros e aumento em pedidos de demissão, bem como o acréscimo representado pelo novo piso nacional da enfermagem, que representa, no orçamento, um valor mensal de R$ 1,48 milhão.
O diretor-executivo da Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs), Jaime Marchet, abriu o encontro, exaltando a importância da transparência em relação à situação do HG, e da busca por soluções.
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