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Daniela Fagundes/Divulgação

O Conselho Deliberativo do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), realizou nesta terça-feira (21), reunião para tratar sobre rumores de que a Prefeitura cogitaria solicitar que os servidores façam um empréstimo para receber o 13º salário. Na próxima terça (28), às 18h30min, haverá uma assembleia no auditório do Sindicato para definir sobre a paralisação dos serviços.

De acordo com a presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, a informação sobre o empréstimo ainda é extraoficial, mas foi confirmada pelo chefe de Gabinete, João Uez e pelo titular da Secretaria de Gestão e Finanças, Cristiano Becker da Silva.

"Se o pagamento do 13º salário não for honrado no tempo determinado haverá, sim, paralisação dos serviços públicos", destaca Silvana.

Dentre as pautas da categoria que são apontadas como prioridade e devem ser debatidas em reunião agendada com o Executivo na segunda (27), estão o pagamento das licenças-prêmio, a recuperação das perdas salariais, o pagamento do 13º sem empréstimo, o envio do projeto de lei que cria o fundo garantidor e o repasse do IPCA em janeiro de 2024. A luta pelo incentivo para agente comunitário de saúde e agente comunitário de endemias também deverá integrar a pauta.

De acordo com o levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Prefeitura de Caxias contabilizou um aumento de 9,8% na receita corrente de 2023 se comparada ao mesmo período de 2022, passando de R$ 1,69 bilhão para R$ 1,85 bilhão.

Sem lei para repasse da inflação

A categoria busca desde o início da campanha salarial iniciada em março a reposição das perdas salariais que até o momento não aconteceu. O projeto de lei que autoriza a reposição ainda não foi encaminhado ao Legislativo. A projeção do IPCA/IBGE (12 meses) segundo estimativas do Bacen para data base janeiro de 2024 é de 4,58%.

Em nota, a administração do prefeito Adiló Didomenico (PSDB) garante que o pagamento do 13º salário será realizado na data prevista. Para honrar esse compromisso, o governo municipal avalia a possibilidade de recorrer a um empréstimo bancário, que, se realmente for necessário, será pago pelo Município.

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