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Cultura hip hop

Chiquinho Divilas leva projeto Tratado de Paz para quatro escolas de Caxias

Iniciativa propõe shows, palestras, bate-papos e oficinas para os estudantes

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
27.04.2024 - 10h50min

Valquiria MC/Divulgação
Foto Principal - Notícia

Uma série de atividades pensadas a partir dos elementos da cultura hip hop são o foco das atividades do projeto Tratado de Paz, que começa a ser realizado na próxima segunda-feira (29), na Escola Municipal Villa Lobos, em Caxias do Sul.

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Concebida pelo rapper e escritor Chiquinho Divilas, a proposta chega ao ambiente escolar com shows, palestras, bate-papos e oficinas. Depois da Villa Lobos, o projeto será realizado nas escolas Paulo Freire (a partir de 06 de maio), Angelina Sassi (14/05) e Basílio Tcacenco (20/05) sempre no turno da manhã. Cada uma destas escolas municipais deverá receber 12 ações, resultando em 48 atividades, durante três dias. No fina l, o projeto deve chegar a um total de três mil estudantes.

O projeto empresta seu nome do histórico Tratado de Paz, firmado em 7 de dezembro de 1971, no Bronx, em Nova York, quando as gangues que rivalizavam há tempos decidiram se empenhar numa ação pacificadora nos territórios que até então viviam em conflito. Atualizando e adaptando a ideia, o Tratado de Paz que começa a ser implementado nas escolas públicas caxienses quer propor atividades que levem positividade, criatividade e ações afirmativas a estes territórios.

Nesse contexto, Chiquinho Divilas sempre abre as atividades nas escolas com sua palestra sobre o Tratado de Paz no contexto da história do hip hop, com derivações sobre a sua trajetória pessoal que fez das rimas e do estudo um processo de afirmação social que o levaram ao mestrado e ao doutorado em Diversidade Cultural e Inclusão Social.

Na palestra, temas como a saúde mental, drogas entre os jovens, com abordagens sobre a preservação e respeito de gênero, também estão incluídos. Outra atividade coordenada por Chiquinho é a Oficina de Rima que, a partir do rap, propõem exercícios em grupo para que os estudantes criem rimas e poesias tendo a ideia de Tratado de Paz na escola como referência e inspiração.

Outras atividades

O projeto também incluo as oficinas de Batalha de Rima, Graffiti, Break, Pajada/Trova Gaúcha – referência ao trabalho do grupo RAPajador, que une Chiquinho Divilas, o acordeonista Rafael De Boni e o DJ Hood desde 2018 na fusão de referências musicais que transitam pelas culturas hip hop e sul-riograndense e mesmo platina, propondo um encontro das rimas do rap com os versos da pajada, mediados pelas intervenções das discotecagens produzidas por um DJ.

Aliás, é o RAPajdador que centraliza as ações de fechamento das atividades em cada escola, quando também são apresentadas as performances de break dos alunos enquanto é executado um grafite num espaço definido pela escola. Neste dia também serão apresentadas as músicas gravadas pelos próprios estudantes resultantes da atividade de produção, gravação, mixagem e masterização coordenadas por Rafael De Boni.

No último dia das atividades, os estudantes entregarão uma declaração de paz através das letras de rap criado por eles. Uma carta com o título denominado de Novo Tratado de Paz e uma bandeira grafitada com a palavra “PAZ” será colocada em um ponto estratégico da escola a partir de um acordo entre estudantes, professores, diretores e coordenação pedagógica.

A partir de todas estas ações e atividades, o projeto Tratado de Paz tem o objetivo de oferecer experiências e aprendizados por meio da linguagem artística do hip hop, promovendo a expressão criativa, incentivo ao trabalho em equipe, buscando, junto aos jovens, uma saída construtiva para liberar emoções, reduzir o estresse e direcionar energias de forma positiva, auxiliando na redução da violência nas comunidades escolares atendidas.

Assume, ainda, dimensões simbólicas em espaços de conflito, buscando reduzir as estatísticas de violência; dimensão cidadã, buscando diminuir a desigualdade social e a exclusão social de uma parcela da população empobrecida; além da dimensão econômica, uma vez que muitos dos estudantes poderão passar a pensar numa perspectiva profissional a partir das experiências nas oficinas.

É a partir de todos estes contextos que Chiquinho Divilas destaca a relevância do projeto Tratado de Paz.

"Por que não resolver os nossos problemas através das artes? Esse foi o questionamento feito entre os líderes das ruas, no momento mais violento da história do sul do Bronx, no início dos anos 70. Pouco emprego e sem ajuda do poder público, que já não atuava de forma efetiva, sem direitos básicos como educação e saúde. Depois do Tratado de Paz, a sensação de liberdade se espalhou pela região. E é esse recorte que vamos abordar. Propor a paz para conseguirmos pensar melhor, evoluir, se conectar e ocupar vários espaços", diz Chiquinho Divilas.

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