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Fotos Gabriel Lain/Felipe Dalla Valle/Instagran Adiló Didomenico/Divulgação

Depois do adiamento devido a pandemia da covid-19, a abertura da Surdolimpíadas começou emocionante na noite deste domingo, dia 1º de maio, no ginásio do Sesi, em Caxias do Sul.

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O espetáculo "Mãos que Falam" iniciou com a entrada de duas esculturas de mãos que representam a comunicação para o universo surdo. Na sequência, houve a entrada da bandeira Surdolímpica e do tradicionalista Omair Trindade e o menino Théo de mãos dadas e acenando com lenços brancos em um pedido de paz.

O mascote Nino, um quati-de-cauda-anelada, e os Táteis, quatro atores vestidos com as cores – verde, vermelho, amarelo e azul – que representam o símbolo surdolímpico acompanharam a entrada das 77 delegações.

Pelo menos quatro momentos emocionaram o público: a delegação da Ucrânia que carregou uma bandeira do país com o pedido "Stop War", ou traduzindo: "Pare a Guerra". Os atletas foram aplaudidos em pé pela público presente do ginásio.

A entrada da ex-ginasta Daiane dos Santos, a nadadora paraolímpica Susana Schnarndorf e o atleta surdo de karatê Heron Rodrigues da Silva. Por fim, a entrada a delegação do Brasil e da tocha surdolímpica carregada pelo nadador Guilherme Maia emocionou o público. O nadador entregou a tocha para Mário Pimentel, primeiro presidente da Conferedação Brasileira de Desportes de Surdos, que acedeu a pira.

O espetáculo seguiu ainda com as apresentações do Grupo Gaudérios, que apresentaram peças do folclore gaúcho, as acrobatas aéreas da Joanas D’Ar de danças em tecidos, a apresentação de dança contemporânea, e a participação especial da apresentação dos hinos Nacional e do Rio Grande do Sul por um grupo de alunos da Escola Hellen Keller, interpretado pelo cantor Rafa Gubert e o acordeonista Rafael de Boni.

Pronunciamentos

Os discursos exaltaram a inclusão. O prefeito de Caxias do Sul, abriu a série de pronunciamentos, e cumprimentou de maneira especial as estrelas do evento: os atletas.

"Aqui se inicia uma jornada inclusiva, em que se compartilha cultura, história e a promoção do respeito e a celebração da superação".

Já a presidente da Confederação Brasileira de Esportes para Surdos (CBDS), Diana Kyosen, disse que muitas barreiras foram superadas para a realização do evento.

"Temos a certeza que esse evento nos dá a esperança de um futuro melhor", disse a dirigente.

O presidente do Comitê Internacional de Esportes para Surdos, Gustavo Perazzolo, também discursou.

O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, desejou as boas-vindas as delegações e ressaltou que o evento é de integração entre os povos e de inclusão.

A primeira dama Michelle Bolsonaro, madrinha da 24ª Surdolimpíadas, chegou no ginásio do Sesi, por volta das 20h15min. O voo programado para aterrissar em Caxias do Sul precisou ser desviado para a Base Aérea de Canoas devido a instabilidade do clima.

Bastante aplaudida, Michelle se manifestou em Libras, a língua brasileira de sinais. Ela disse que o governo Jair Bolsonaro (PL) trabalha em prol dos surdos para garantir que a acessibilidade seja uma realidade no país.

"Temos avançados em políticas públicas para a comunidade surda, inclusive na área de educação de surdos, com ênfase a criação da diretoria nacional de política da educação bilíngue, e a sanção do presidente da lei que incluiu a educação bilíngue na lei de diretrizes de bases da educação", frisou a primeira dama.

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