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Caxias reduziu taxa de mortalidade neonatal em 2021

Município conta com Ambulatório de Gestação de Alto Risco, para qualificar o acompanhamento na gravidez

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
23.06.2022 - 09h13min

Bianca Prezzi/Divulgação
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A qualidade da assistência no pré-natal e no parto apontam para um resultado positivo em Caxias do Sul: a redução de 75% para 69,6% no número de mortes neonatais (até os 27 dias de vida) entre 2020 e 2021. O índice em Caxias é menor do que o registrado no Rio Grande do Sul, com 74,35% em 2021. Os demais componentes de mortalidade infantil e de mortalidade materna no Município seguem a tendência estadual.

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O médico ginecologista e obstetra Dino de Lorenzi, também diretor de Gestão, Planejamento e Políticas de Saúde da Secretaria da Saúde, destaca o trabalho realizado na atenção primária, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e também nas maternidades, para a assistência do pré-natal ao parto na redução da mortalidade neonatal.

Os indicadores que apontam os resultados são sensíveis, ou seja, cada óbito representa alteração considerável na taxa final. Por isso, dois casos de morte fetal decorrente de covid-19 materna complicada, ou seja, em que a mulher contraiu a doença durante a gestação, contribuíram para a taxa de mortalidade fetal em 2021. A mesma situação ocorre em relação ao resultado da mortalidade materna: dos três casos de mortalidade materna registrados em 2021, dois ocorreram devido a complicações da covid e elevaram a Razão de Mortalidade Materna (RMM) no ano para 57,9 casos por 100 mil nascidos vivos.

A Secretaria da Saúde alerta para o dado de apenas 65,4% das gestantes terem realizado a segunda dose da vacina contra a covid-19 e para um número ainda menor para a terceira dose: 30,7%, mesmo com o imunizante ofertado em UBSs e pontos parceiros. A morte materna por covid-19 é imunoprevenível, por meio da vacina.

Em análise de série histórica, o médico chama atenção para as causas das nove mortes maternas contabilizadas de 2017 a 2019. Seis delas, ou seja, mais da metade, ocorreram por causas indiretas, decorrentes de doenças prévias que se agravam com a gestação (e que, por isso, têm menor evitabilidade) e três por causas diretas, quer dizer, por doenças em decorrência da própria gestação ou de manejo inadequado. O cálculo da mortalidade materna considera o óbito da mulher durante a gestação ou até 42 dias após o fim da gravidez, e não contabiliza mortes provocadas por fatores acidentais.

"A menor ocorrência de causas diretas aponta para uma boa qualidade da assistência materna durante o pré-natal e também no pós-parto. Para reduzir as causas indiretas é necessário aumentar a complexidade tecnológica na assistência pré-natal", avalia o médico.

Gestação de alto risco

Com o objetivo de qualificar o atendimento e, consequentemente, diminuir as complicações, o Município inaugurou em 1º de fevereiro de 2022 o Ambulatório Municipal de Gestação de Alto Risco. Esse serviço conta com equipe especializada para que as grávidas tenham acompanhamento multidisciplinar, além dos cuidados disponíveis na atenção primária. Até o momento, 135 mulheres de 20 a 44 anos de idade já foram atendidas. Estima-se que de 10% a 15% das gestantes sejam de alto risco.

"A expectativa é de que esse serviço nos ajude não só a diminuir números mas, principalmente, dar mais qualidade e segurança para essas gestantes durante este período tão importante em suas vidas", aponta a secretária da Saúde, Daniele Meneguzzi.

Em relação à mortalidade infantil, o índice em Caxias em 2021 é de 10,8 por 1 mil nascidos vivos, dado que segue a tendência de aumento em todo o Estado em relação ao ano anterior, quando foi registrada queda: de 10,7 em 2019, para 7,9 em 2020 (em Caxias). Esse resultado é atribuído à menor circulação de pessoas em 2020, gerada pelo isolamento social, suspensão de atividades escolares e, consequentemente, menor adoecimento.

Chama atenção, em Caxias, as mortes infantis por causas externas (como violência, acidentes), que aumentaram de 4,5% em 2020 para 7,2% em 2021. Houve queda na mortalidade por infecções, em especial por causas respiratórias como bronquiolite e pneumonias, de 18,2% em 2020 para 7,1% em 2021.

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