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Caxias do Sul registra crescimento econômico de 10,6% no primeiro trimestre

Indicadores foram divulgados pela CIC e CDL nesta quinta-feira

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
09.05.2024 - 14h47min

Diferro/Divulgação
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O setor industrial foi o grande destaque em março em relação a fevereiro.

A economia de Caxias do Sul registrou crescimento no primeiro trimestre de 2024, impulsionada pelo desempenho positivo em março, quando comparado a fevereiro. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (9) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), apontam um crescimento mensal de 4,5% em março e trimestral de 10,6%. Ao longo dos últimos 12 meses, a economia local expandiu em 5,5%.

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O setor industrial foi o grande destaque em março em relação a fevereiro, apresentando um aumento de 5,2%, seguido de perto pelos serviços, com crescimento de 4,5%. O comércio, por sua vez, viu um incremento de 2,4%.

O diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC, Tarciano Mélo Cardoso explicou:

"A economia de Caxias do Sul vinha performando bem neste início de ano. Observamos um avanço na indústria, com a massa salarial crescendo 18,3% e as vendas 3,6% em março. Apesar disso, alguns índices como utilização da capacidade instalada e horas trabalhadas se mantiveram estáveis ou apresentaram leve queda", observou.

Comércio

O comércio caxiense apresentou em março o primeiro crescimento nas vendas em 2024. A elevação foi de 2,4% em relação a fevereiro de 2024. Quando comparado a igual período de 2023, também houve alta, de 2,32%. Já no acumulado do ano foi registrada retração de 0,67%, assim como no acumulado de 12 meses, com queda de 2,34%.

Para o assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias do Sul, Mosar Leandro Ness, o primeiro crescimento nas vendas do varejo caxiense deste ano se deve especialmente à manutenção da queda da taxa básica de juros, que deixa o crédito mais acessível. Outro fator, segundo o especialista, foi a desaceleração da inflação, em que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) para março apresentou decréscimo de 3,99% no acumulado de 12 meses.

Associado a esses fatores, Ness aponta também a manutenção do emprego formal. Em março de 2023 eram 162.130 postos de trabalho, enquanto em março deste ano foram 168.022. O economista ainda cita o cenário econômico do Estado e do país como pontos que merecem ser observados nos próximos meses.

"A reforma tributária do Governo Federal e a pretensão de aumento dos impostos por parte do governo estadual continuam como foco das atenções, quanto ao impacto das mudanças para o consumidor final. A perspectiva para o longo prazo ainda aponta para um cenário de estabilidade", contextualiza.

Comércio exterior

O desempenho no comércio exterior também foi positivo em março sobre o mês anterior, com as exportações aumentando 8,4% e as importações, 5,8%, levando a um aumento de 112% no saldo da balança comercial. No entanto, o primeiro trimestre mostrou uma queda drástica de quase 90% no saldo da balança comercial. Nos últimos 12 meses, o saldo da balança comercial caxiense fechou com um saldo positivo de US$ 220 milhões.

Impactos das enchentes

A economia local enfrenta, no entanto, incertezas devido à catástrofe no Rio Grande do Sul, cujos impactos completos ainda serão sentidos.

"Os dados que temos até agora não capturam os efeitos desta tragédia. Possivelmente os levantamentos de abril e maio irão refletir mais claramente o impacto desta crise", disse Cardoso.

Maria Carolina Gullo, diretora de Planejamento, Economia e Estatística da CIC Caxias, expressou preocupação com as adversidades enfrentadas pela economia.

"Estávamos bastante otimistas com nossa economia, mas nenhum modelo matemático ou econométrico pode prever um desastre desta magnitude, que altera completamente todas as projeções para o ano", afirmou.

Ela acrescentou que um retorno a uma certa normalidade, principalmente através do restabelecimento das conexões rodoviárias, é crucial para se aproximar de uma vida mais normal. No entanto, ainda é difícil dimensionar o impacto total, pois isso vai afetar as cadeias produtivas.

"Podemos enfrentar desorganização semelhante à observada durante a pandemia, o que certamente causará desequilíbrio nos preços e alguma falta de produtos", concluiu Gullo.

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