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Karina Concatto/Divulgação

Mesmo no inverno, período em que a reprodução do mosquito da dengue desacelera, o trabalho da Vigilância Ambiental em Saúde de Caxias do Sul para combater o Aedes aegypti, transmissor da doença, não para. Somente em junho foram realizadas 10.118 visitas a residências para orientar sobre o combate ao mosquito e eliminar focos (locais onde há criadouros) do inseto. Além disso, prossegue o monitoramento quinzenal em 197 pontos considerados estratégicos por serem os locais onde há grande probabilidade de surgirem criadouros, como ferros-velhos, depósitos de carros, floriculturas e cemitérios.

De acordo com a Vigilância Ambiental em Saúde, no ano de 2022 entre o mês de junho e 17 de julho foram identificados somente 13 focos. Já no mesmo período desse ano, que marca um inverno mais quente e com mais chuva, o número de focos registrados foi de 34. Ou seja, o dado mostra que períodos de mais calor indicam reprodução maior do Aedes aegypti. Caxias soma 698 focos do mosquito em 2023, todos identificados e bloqueados. Foram registrados dois casos autóctones de dengue (contraídos na cidade) e 36 importados (moradores de Caxias que contraíram a doença em viagens para outras localidades). O caso mais recente ocorreu em junho.

Esses serviços são realizados ao longo de todo o ano como estratégia para tentar diminuir a incidência do mosquito na época do calor, quando o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti fica mais acelerado. É por esse motivo que, mesmo que o número de focos identificados costume diminuir nos meses mais frios, é necessário que a população mantenha os cuidados para não acumular água parada (local onde o Aedes deposita seus ovos). O alerta vale especialmente após dias de chuvas intensas.

"A Secretaria Municipal da Saúde mantém o monitoramento do Aedes aegypti, transmissor da dengue, o ano todo. Neste ano, em especial, nós estamos tendo um inverno um pouco mais quente e chuvoso. O que observamos é um número elevado de focos, mesmo com temperaturas um pouco menores. Então é muito importante que toda a população caxiense nos ajude no combate a esse vetor, mesmo agora no inverno, eliminando qualquer recipiente com água parada. Observamos também que as residências ainda são os locais de maior número de criadouros. Por isso a colaboração de toda a população nessa campanha de eliminação é fundamental, para que quando iniciar o verão, com temperaturas mais elevadas e aceleramento do ciclo de reprodução, não haja criadouros. Pois se não houver criadouros, com certeza o mosquito não terá locais para depositar seus ovos", explica Delvair Zortea da Silva, médica veterinária da Vigilância Ambiental em Saúde.

As orientações repassadas pela Secretaria da Saúde permanecem: tratar a água e cobrir piscinas, limpar pátios, guardar recipientes abertos em locais fechados, descartar corretamente lixo e pneus, higienizar bem bebedouros de animais impedem a proliferação do mosquito. A Vigilância Ambiental ressalta, ainda, que os ovos do Aedes aegypti são resistentes, logo, é recomendável eliminar a água parada e limpar os recipientes com água limpa e sabão.

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