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Caxias aprova data contra intolerância a religiões de matrizes afro

Proposição de autoria do vereador Lucas Caregnato segue para sanção ou veto do Executivo

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
27.11.2023 - 14h26min

Thales Comerlato/Divulgação
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A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou, por unanimidade, na sessão da quinta-feira (23), a proposta de instituir o Dia Municipal de Combate à Intolerância a Religiões de Matriz Africana. A matéria de autoria do vereador Lucas Caregnato (PT) seguirá agora para sanção ou veto do prefeito Adiló Didomenico (PSDB). O substitutivo retira do texto original algumas atribuições que tinham sido listadas aos poderes Executivos e Legislativo em relação à temática.

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"A intolerância é um obstáculo diário para alguns religiosos, principalmente aqueles dos cultos de matrizes africanas. Embora o diálogo entre os diferentes credos seja exercitado por algumas denominações religiosas da cidade, ainda sobra gente que teima em cultivar o ódio religioso", argumenta o autor.

Caregnato deseja ver o assunto ganhar a visibilidade necessária para a superação do problema e para que a sociedade possa aprofundar o debate.

"A intolerância religiosa, além de ser uma forma preconceituosa de agir, amplia e reforça a violência social", alerta o petista.

Para explicar conceitualmente o significado de intolerância religiosa, o vereador reproduziu na exposição de motivos do projeto conteúdo publicado no "Guia de Direitos". Segundo o portal, a intolerância religiosa "é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças".

Na proposta, o autor esclarece que o objetivo da data é promover o reconhecimento de que o racismo e a intolerância às religiões de matriz africana são violações dos direitos da população negra e dos direitos humanos, bem como construir um espaço de transformação de relações sociais. Entre as possibilidades de iniciativas que esse propósito abre, Caregnato menciona a realização de campanhas de sensibilização sobre a eliminação da discriminação racial e a intolerância às religiões de matriz africana e de seminários, palestras e eventos; a produção de materiais didáticos que tratam sobre a eliminação da discriminação racial e a intolerância às religiões de matriz africana; ações de reconhecimento, valorização e proteção dos espaços que realizam celebrações das religiões de matriz africana; e curso de formação interna com o quadro de servidores públicos municipais, sobre a eliminação da discriminação racial e a intolerância às religiões de matriz africana.

Caregnato ainda salienta que escolas, centros assistenciais e outros órgãos têm a chance de promover debates, audiências públicas, dentre outras atividades. Na mesma linha, podem ocorrer atividades em parceria com universidades e organizações da sociedade civil que debatam sobre a eliminação da discriminação racial e da intolerância às religiões de matriz africana, para a construção de políticas públicas, materiais didáticos e fiscalização da execução dos serviços e espaços públicos sobre o tema.

Durante a apreciação final da matéria, integrantes de terreiros marcaram presença no plenário e receberam cumprimentos de Caregnato, que utilizou a tribuna.

"Com orgulho, digo que Caxias tem muitos batuqueiros e batuqueiras professando a religião".

O parlamentar ressaltou a grande representatividade de espaços de matriz africana na cidade e no Estado. Segundo ele, no Rio Grande do Sul, estima-se que existem 30 mil terreiros. Ao mesmo tempo, reforçou a necessidade de respeito e tolerância em relação a quem integra esses espaços.

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