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Guigo Dedecek/Divulgação

Resistir para existir. Esse é o mote do projeto AnarcoQueer, que chega a uma nova etapa neste fim de semana, com lançamento de catálogo que busca valorizar a produção de artistas LGBTQIA+ de Caxias do Sul. Resultado da exposição homônima, realizada de maio a julho de 2021, no Reffugio, o material terá distribuição gratuita à comunidade. O evento de lançamento será neste domingo (11), às 15h, com bate-papo no Zarabatana Café, no Centro de Cultura Ordovás.

Com produção cultural de Rafael Dambros e diagramação de Darlan Gebing, o catálogo não surge com o objetivo de substituir a experiência da exposição, mas para trazer ao público um pouco de sua vertigem criativa, brincando com o olhar entre o que é belo ou feio, correto ou incorreto, normativo ou desviante. Integram o material artistas como Adriana Antunes, Bruno Eder, Carine Panigaz, Charles Frutas, Christian de Lima, Darlan Gebing, Guigo Dedecek, Julia Webber, Ketlin de Lima, Márcie Vieira, Maria Lilith, Marina Luisa Almeida, Mel Gonçalves, Patrick Oderiê, Rafael Dambros, Samuel Pereira e Volnei Canônica.

"A importância do catálogo é o registro. A exposição, ano passado, foi de suma relevância, principalmente pelos participantes, que eram totalmente LGBTQIA+. Tínhamos pessoas trans, negras, indígenas, tínhamos toda essa diversidade, mas o trabalho era muito experimental, e acredito que não tenha tido a atenção que merecia por parte da sociedade. Então, a ideia do catálogo é proporcionar esse registro, não só das obras, mas dos artistas enquanto produtores, visto que nós, desse grupo, não somos prioridade em editais ou políticas públicas, mas somos muitos", destaca Dambros.

Após o lançamento no Zarabatana, o Catálogo AnarcoQueer ficará disponível para distribuição no Reffugio, local onde foi realizada a exposição, e também no Doca Music Garden, na Estação Férrea.

Além das 500 cópias impressas, o material está disponível no site oficial do projeto, no endereço anarcoqueerprojeto.wixsite.com/anarco-queer, com classificação indicativa de 14 anos. Tanto na versão impressa quanto na digital, é possível acessar os links de contato dos artistas participantes, como perfis no Instagram, páginas do Facebook e outras produções.

"O site vai servir como uma vitrine. Ele vai ficar no ar para consulta sobre essas pessoas e seus trabalhos. O aprendizado desse projeto foi de união. Nós fizemos um trabalho de forma horizontal, em que todas as pessoas tinham voz, todas as ideias foram ouvidas, acolhidas e produzidas. Formamos um grupo que surgiu pela necessidade que nós, artistas LGBTQIA+, tínhamos de conversar, trocar ideias e poder produzir, uma ação de enfrentamento perante à falta de políticas públicas", complementa o produtor.

O Catálogo AnarcoQueer conta com recursos do edital 2021 Financiamento da Arte e Cultura (Financiarte) de Caxias.

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